Por que o filme de Brady Corbet tem 3h e 35 minutos? Confira a resposta do diretor!
Adrien Brody em cena de ‘O brutalista’ — Foto: Divulgação
O novo filme “O Brutalista”, dirigido por Brady Corbet, está gerando polêmica não apenas por sua narrativa poderosa, mas também por sua impressionante duração de 3 horas e 35 minutos. Com dez indicações ao Oscar, a produção aborda a complexa relação entre artistas e patrocinadores, fazendo uma profunda reflexão sobre a resiliência humana.
Brady Corbet, o diretor, comentou sobre a extensão do filme: “Às vezes mais é mais. A realidade é que essa história se passa em 35 anos, tem muitos personagens. Ela apenas leva o tempo que precisa”, afirmou. Isso leva à questão: qual seria uma duração aceitável para um filme que retrata uma saga tão rica?
A narrativa segue László Tóth, interpretado por Adrien Brody, um arquiteto húngaro que, após sobreviver ao Holocausto, busca recomeçar sua vida em Nova York. Ao longo do filme, os dilemas da imigração e a luta pela aceitação cultural atinjam o cerne da discussão contemporânea sobre xenofobia e a condição dos imigrantes nos Estados Unidos. Corbet também sugere que a narrativa é uma alegoria sobre o próprio processo criativo no mundo do cinema, frequentemente marcado por imposições de tempo e espaço.
Brady Corbet, ao centro, comanda gravações de ‘O brutalista’ — Foto: Divulgação
O filme foi produzido com um orçamento modesto de US$ 10 milhões e já conquistou vários prêmios, incluindo os Globos de Ouro de melhor drama e direção. A relação do arquiteto com seu patrono, Harrison Van Buren (interpretado por Guy Pearce), é uma dança delicada entre a dependência e a busca por liberdade artística. Corbet menciona que a dinâmica entre criadores e financiadores raramente é simples, o que é bem refletido neste filme.
“O Brutalista” provoca uma reflexão não apenas sobre o que significa ser um artista, mas também sobre o papel do cinema como uma forma de arte que pode resistir à corrosão do tempo e do capitalismo. Seja através de suas imagens impactantes ou da profundidade de sua história, o filme promete ressoar tanto nas premiações quanto na audiência.
Após uma estreia bem-sucedida no Festival de Veneza e sua chegada aos cinemas brasileiros, “O Brutalista” confirma-se como uma das grandes apostas para o Oscar 2025. Com sua narrativa rica e a profundidade de suas discussões, Corbet consegue conectar o passado com questões contemporâneas, evidenciando que a arte, em todas as suas formas, deve ser um reflexo da sociedade.
Joe Alwyn, Guy Pearce, Stacy Martin, Adrien Brody, Felicity Jones e Raffey Cassidy em cena de ‘O brutalista’ — Foto: Divulgação
Ao final, “O Brutalista” não é apenas um filme sobre o passado, mas uma crítica atemporal do presente, convidando a audiência a uma experiência cinematográfica que desafia os limites do tempo e da narrativa. Não deixe de assistir e comentar suas impressões sobre essa obra ambiciosa!
Referências
- https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2025/02/20/por-que-o-brutalista-e-tao-longo-diretor-explica-duracao-de-3h35-do-filme-as-vezes-mais-e-mais.ghtml
- https://www.uol.com.br/splash/colunas/roberto-sadovski/2025/02/20/o-brutalista-adrian-brody-brilha-em-drama-colossal-em-metragem-e-impacto.htm
- https://www.cartacapital.com.br/cultura/arquitetura-da-perseguicao/