Prazo de 48 horas se aproxima e empresa enfrenta problemas legais no país
O ministro do STF Alexandre de Moraes. Fonte: Fellipe Sampaio – STF
A plataforma de vídeo Rumble, que recentemente processou o ministro do STF Alexandre de Moraes nos Estados Unidos, pode ser suspensa em operação no Brasil. A medida deve-se a uma decisão do próprio Moraes, que deu um prazo de 48 horas para que a empresa indique um representante legal no país. O prazo se encerra nesta sexta-feira, 23 de fevereiro de 2025.
Na decisão datada de 19 de fevereiro, Moraes deu instruções claras: “determinei a intimação da empresa Rumble Inc. para indicar, documentalmente, o representante legal da empresa no Brasil, sob pena de suspensão imediata das atividades da empresa no território brasileiro”. Essa situação é uma continuação de um contexto tenso entre a plataforma e o sistema judiciário brasileiro, que já havia determinado o bloqueio de contas de influenciadores associados à desinformação.
A Rumble, que permite a criação de vídeos e transmissões ao vivo sem utilizar algoritmos que filtram o conteúdo, tem sido uma opção para influenciadores que buscam espaço após a suspensão de suas contas em outras redes sociais. Com a crescente presença de vozes alinhadas à direita, a plataforma se destaca por sua política de não censurar discursos.
Vale lembrar que a ação judicial movida contra Moraes nos EUA alega que ele estaria censurando ilegalmente discursos políticos. O advogado Martin De Luca, representante do grupo Trump Media & Technology, afirma que “Moraes tem utilizado o poder judicial não como um árbitro neutro, mas como uma arma para silenciar opositores políticos”.
Dada a complexidade da situação, que se intensificou após a confissão do ex-assessor Mauro Cid sobre atividades ilícitas durante a presidência de Jair Bolsonaro, o cenário se mostra ainda mais preocupante para todos os envolvidos. O processo de responsabilização de Moraes no tribunal americano poderá abrir precedentes que misturam o clima político entre Brasil e Estados Unidos.
Encerrando, o futuro da Rumble no Brasil permanece incerto. A sociedade civil e seus representantes legais aguardam as próximas movimentações que podem impactar não apenas a plataforma, mas também o discurso democrático na esfera digital que enfrenta constantes desafios.
O autor do artigo convida os leitores a compartilhar suas opiniões sobre o tema nos comentários abaixo. O que você acha do confronto entre a justiça brasileira e a plataforma Rumble?
Referências
- https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2025/02/20/rumble-sera-suspensa-do-brasil-se-nao-indicar-representante-decide-moraes.htm
- https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/o-que-e-rumble-plataforma-de-videos-que-acusou-alexandre-de-moraes/
- https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/confissao-expoe-bolsonaro-em-lavagem-de-dinheiro-nos-eua/