Em decisão polêmica, Justiça analisa abuso de poder durante a campanha de 2024
Pablo Marçal votou no fim do dia — Foto: AFP
Na última sexta-feira (21), a Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador e empresário Pablo Marçal a oito anos de inelegibilidade, a contar da data da eleição de 2024. Essa decisão foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral da capital paulista. Marçal, que foi candidato à Prefeitura de São Paulo, utilizou suas redes sociais para supostamente fazer uso indevido de comunicação social e captação ilícita de recursos para sua campanha.
O magistrado destacou que a investigação foi iniciada a partir de duas ações judiciais movidas pela coligação encabeçada pelo PSOL, liderada por Guilherme Boulos, e pelo PSB. A condenação está relacionada a um vídeo onde Marçal oferecia apoio a candidatos a vereador de partidos de direita em troca de doações de R$ 5.000 por meio de Pix. Segundo Zorz, “ficou demonstrado que o réu Pablo Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeo para impulsionar campanha eleitoral de candidatos a vereador”.
Além disso, a Justiça considerou que a campanha de Marçal disseminou informações falsas sobre o sistema de arrecadação eleitoral e realizou propaganda negativa contra seus concorrentes. Conforme destacado na sentença, “não é permitido o uso de redes sociais para disseminar ‘fake news’ sobre o sistema de arrecadação eleitoral”. Marçal, que possui grandes ambições políticas, confirmou anteriormente a intenção de concorrer à presidência em 2026.
Dois homens estão em um estúdio de televisão, inclinando-se sobre uma mesa. — Foto: Folhapress
Após receber a sentença, Pablo Marçal se manifestou via nota, afirmando que “o conteúdo probatório produzido nas ações não é suficiente para a procedência da AIJE”. A defesa do ex-candidato à prefeitura já anunciou que pretende recorrer da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
O caso causou grande repercussão, e entre os que comemoraram a condenação está Duda Lima, ex-marqueteiro da campanha concorrente de Ricardo Nunes (MDB), que considerou Marçal uma ameaça durante o pleito, onde ele quase alcançou o segundo turno. A rivalidade chegou a níveis extremos, incluindo relato de agressões físicas durante debates.
Esse evento é um marco significativo na política local, refletindo o cenário tenso das eleições e as práticas de campanha em um ambiente cada vez mais digital e polarizado.
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Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/02/21/justica-eleitoral-de-sp-torna-pablo-marcal-inelegivel-por-8-anos.ghtml
- https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2025/02/condenacao-de-marcal-deixou-ex-marqueteiro-de-nunes-muito-feliz-dizem-amigos.shtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/politica/justica-condena-marcal-a-8-anos-de-inelegibilidade/