Como a mudança de postura dos EUA pode redefinir o futuro da Ucrânia e da Europa?
Zelensky e Trump se reúnem na Trump Tower, em Nova York, em 27 de setembro de 2024 — Foto: Shannon Stapleton/Reuters
A guerra na Ucrânia, que completa três anos no próximo dia 24 de fevereiro, atravessa um momento decisivo em suas dinâmicas geopolíticas. Recentemente, a aproximação entre Donald Trump, Vladimir Putin e as tensões com Volodymyr Zelensky chamaram a atenção mundial, levantando preocupações sobre o futuro do país e da estabilidade europeia.
A mudança na postura dos Estados Unidos sob a liderança de Trump, que prometeu um “fim rápido” para a guerra, alterou o cenário de alianças na linha de frente do conflito. Segundo relato do portal G1, os Estados Unidos e a Rússia se reuniram recentemente na Arábia Saudita, onde Trump expressou sua expectativa de negociações sem a participação do governo ucraniano. “Acrime” expressou Zelensky, reeferindo às declarações de Trump, que chamou-o de “ditador sem eleições”. Esta abordagem gera incertezas sobre a segurança ucraniana e a definição das fronteiras do país.
De acordo com o especialista em Relações Internacionais, Uriã Fancelli, a narrativa alterada por Trump, que agora parece se alinhar mais à visão russa, pode representar um choque significativo para a Europa. O especialista ainda ressaldou que, “caso um acordo favoreça a Rússia, a Europa pode ser a mais afetada”, acentuando a necessidade de realocação de recursos para defesa na região.
A imagem apresenta uma mulher com cabelo ondulado e uma blusa amarela, ao lado de Donald Trump falando ao microfone. Texto em destaque: ‘Guerra da Ucrânia: como Trump interfere no conflito após 3 anos?’
As palavras de Trump e seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, que indicaram uma possível cessão de território à Rússia, intensificam a preocupação entre os ucranianos. Para muitos, isso não é apenas uma questão territorial, mas uma questão de identidade e sobrevivência. De acordo com Kim Barker, do New York Times, há um sentimento crescente entre os ucranianos de que suas vidas e suas propriedades estão em risco diante de um eventual acordo de paz que favoreça a Rússia.
Com mais da metade da população ucraniana apoiando discussões sobre negociações para um “fim rápido” do conflito, as tensões internas e o medo do desconhecido persistem. Muitos já manifestaram preocupação em ver a divisão do país em duas realidades distintas, com parte dominada por Kiev e outra sob controle russo.
Diante desse quadro complexo e volátil, a presença de Trump como mediador pode revolucionar não apenas a guerra na Ucrânia, mas também redesenhar a política externa dos EUA com grandes implicações para a OTAN e seus aliados europeus. A tendência é de que, cada vez mais, os cidadãos se sintam incentivados a comentar e compartilhar suas visões sobre o que pode vir a ser um novo paradigma nas relações internacionais.
Referências
- https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2025/02/20/cessar-fogo-na-ucrania-o-que-querem-trump-putin-zelensky-e-europa-e-quais-as-possiveis-implicacoes-para-o-mundo.ghtml
- https://www1.folha.uol.com.br/tv/2025/02/guerra-da-ucrania-como-trump-interfere-no-conflito-apos-3-anos.shtml
- https://noticias.r7.com/internacional/ucranianos-temem-perder-territorios-e-familia-com-propostas-de-paz-21022025/