Descubra as consequências das altas temperaturas e eventos climáticos extremos para jogadores e torcedores!
Campo alagado do Allianz Parque antes de Palmeiras x Corinthians. Fonte: Livia Camillo/UOL
As mudanças climáticas têm causado um impacto significativo em várias esferas da sociedade, e o futebol brasileiro não é exceção. Recentemente, discussões sobre como eventos climáticos extremos, como ondas de calor e tempestades, afetam tanto a saúde de jogadores quanto a logística das competições ganharam destaque.
Com as temperaturas em alta, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) acabou por modificar o horário das partidas do Campeonato Carioca, que agora começam apenas após as 18h, para evitar as horas mais quentes do dia. De acordo com notícias do UOL, as medições meteorológicas indicam que “sete das dez cidades mais quentes do país nesta terça (18) são do Rio de Janeiro”, o que ilustra a severidade da situação.
Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, explicou que “as ondas de calor foram ficando cada vez mais presentes” e que em 2023 já se registraram nove episódios de temperaturas extremas, número que se manteve em 2024, enquanto em 2025 a tendência persiste. Ele destacou ainda que não se trata apenas de um problema para os atletas: “quem se desloca para ir ao estádio também sofre e corre riscos”.
Recentemente, jogos foram adiados ou desprogramados devido a eventos climáticos. Por exemplo, a partida entre Fluminense e Nova Iguaçu, realizada no Maracanã às 16h, teve jogadores como Riquelme apresentando indisposição e até episódios de vomito em campo, evidenciando o efeito direto do calor extremo sobre a saúde dos atletas.
Fluminense x Nova Iguaçu aconteceu às 16h, no Maracanã, pelo Carioca.
A preocupação com a saúde dos atletas e torcedores levou ao surgimento de estudos que indicam que 85% dos clubes brasileiros enfrentam alto risco de impactos climáticos severos. Ricardo Calçado, diretor do Terra FC, afirma que “há poucos estudos acadêmico-científicos relacionados com os efeitos das mudanças climáticas no esporte e são mais escassos ainda aqueles ligados ao futebol”.
Com esses preocupantes dados, a reflexão sobre a sobrevivência do futebol se torna crucial. Marcos Vinicios Botelho, também do Terra FC, abordou as consequências financeiras e a viabilidade de eventos esportivos: “Estamos falando da sobrevivência do próprio futebol, no sentido da realização pura e simples de treinamentos ou de jogos”.
As mudanças climáticas não afetam apenas o Brasil. No exterior, jogos têm sido adiados devido ao frio extremo, como no caso do Inter Miami, onde a temperatura chegou a -14°C. O técnico Mascherano ressaltou a gravidade da situação: “É impossível jogar nessas condições”.
As autoridades e federações precisam estar atentas a esses fenômenos, buscando soluções que garantam a segurança e o bem-estar tanto dos jogadores quanto dos torcedores. O engajamento dos clubes e de toda a comunidade do esporte se torna essencial diante desses desafios.
Gramado da Arena do Grêmio debaixo d’água. Fonte: Reprodução
É evidente que a evolução das condições climáticas configura um novo cenário que exige adaptações e medidas que vão além do campo esportivo. A sobrevivência do futebol brasileiro dependerá não apenas de seus atletas, mas também de um entendimento mais amplo sobre a sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas.
Para encerrar, a discussão sobre as influências climáticas no esporte estimulam um importante debate. Que tal compartilhar seus pensamentos e opiniões a respeito nos comentários abaixo?
Referências
- https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2025/02/21/impactos-climaticos-no-futebol-brasileiro.htm
- https://www.r7.com/aclr/jogos-da-reta-final-do-campeonato-carioca-vao-comecar-apos-as-18h-devido-a-onda-de-calor-19022025/