Um falso atentado que quase custou a vida do político foi revelado por um delator em vídeo exclusivo!
Gilmar Santos fez acordo de colaboração premiada e contou que ataque contra o prefeito José Aprigio foi falso — Foto: Reprodução.
Aos poucos, os detalhes de um escandaloso caso de tentativa de atentado contra o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprigio (Podemos), estão sendo revelados. Em um vídeo de quase 50 minutos, o delator Gilmar Santos expõe como foi forjado um ataque que visava beneficiar a reeleição do político em 2024. A delação foi um marco na investigação da “Operação Fato Oculto”, que resultou em prisões e diligências em várias residências.
Gilmar Santos, que possui um histórico criminal e estava foragido, relata: “O combinado do que ele [Aprigio] queria, era um ‘susto’ que desse mídia pra poder passar no Fantástico.” Segundo o delator, o ex-prefeito tinha conhecimento de todas as etapas, reforçando a ideia de que o ataque era apenas uma encenação.
José Aprigio foi baleado no ombro após tiro perfurar o vidro blindado do carro — Foto: Reprodução/ José Antonio Teixeira/Alesp / Arquivo pessoal.
O incidente ocorreu no dia 18 de outubro de 2024, quando Aprigio foi atingido de raspão no ombro. “Os tiros, disparados com um fuzil AK-47, conseguiram perfurar a blindagem do veículo”, explicou Gilmar. Além dele, outras três pessoas estavam na comitiva, mas, felizmente, não se feriram.
Gilmar afirma ainda que foi oferecido um montante de R$ 500 mil pela execução da farsa, dinheiro que teria sido pago por Aprigio. Além disso, o investimento na compra do fuzil custou cerca de R$ 85 mil e foi também financiado pelo ex-prefeito através de secretários que intermediavam a operação.
Promotor Juliano Atoji apresentou denúncia contra três dos dezesseis envolvidos no caso do falso atentado — Foto: Kleber Tomaz/g1.
A repercussão do caso chamou a atenção das autoridades, e um total de 16 pessoas, incluindo secretários de Aprigio, estão sendo investigadas. O promotor Juliano Atoji tem conduzido o caso, e assim que todas as evidências forem analisadas, os acusados podem enfrentar penas de até 30 anos de prisão. Aprigio, apesar de ser considerado inicialmente vítima, também se torna parte das investigações. Em suas redes sociais, ele chegou a publicar imagens do ataque, que foram amplamente compartilhadas.
O advogado de Aprigio declarou que seu cliente é inocente e enfatizou a falta de evidências sólidas contra ele. “Estamos confiantes de que no final será demonstrado que ele é a vítima nesta história”, disse Allan Hassan, defensor do ex-prefeito.
Este caso gera um diálogo sobre a ética na política e a responsabilidade dos envolvidos em ações que podem impactar a segurança e a confiança do eleitorado. O que você pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e compartilhe este artigo com seus amigos!
Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/02/24/video-eu-informei-para-eles-que-o-fuzil-furava-blindagem-diz-delator-que-baleou-carro-e-quase-matou-prefeito-em-falso-atentado-em-sp.ghtml