Tarcísio de Freitas chama denúncia contra Bolsonaro de ‘revanchismo’

Governador de São Paulo critica a denúncia da PGR e defende ex-presidente

Evento público em São Paulo, onde Tarcísio de Freitas se manifestou sobre a denúncia contra Bolsonaro. Fonte: Marcelo Aparecido Silva Camargo/Divulgação Governo SP.

No último dia 25 de fevereiro de 2025, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez declarações contundentes sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tarcísio classificou a denúncia como uma ‘forçação de barra’ e expressou que a motivação por trás das acusações é um ‘revanchismo’.

Durante um evento em Mogi das Cruzes, Tarcísio declarou que os elementos apresentados pela PGR não demonstram uma conexão clara com as alegações de um suposto golpe de Estado, afirmando: “Não faz sentido nenhum, é uma forçação de barra, o que você tem hoje é uma questão de revanchismo”. Essas palavras foram ditas em meio à entrega de uma praça pública na cidade.

Além disso, o governador expressou preocupação com a maneira como estão sendo responsabilizadas pessoas que, segundo ele, não têm culpa. “Está se criando uma maneira de responsabilizar pessoas que não têm responsabilidade. A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização”, enfatizou.

A denúncia atribuída à PGR acusa Bolsonaro de crimes graves, como tentativas de abolição violenta do Estado democrático de direito, e pode resultar em penas de até 43 anos de prisão. O ex-presidente, ao lado de outras figuras, é acusado de participar de uma trama que visou desestabilizar o governo legítimo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador Tarcísio, que já foi ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, já havia se manifestado em apoio ao ex-presidente nas redes sociais. Ele considera que o ex-presidente ‘nunca se envolveu com qualquer movimento antidemocrático’, tentando fortalecer a imagem de Bolsonaro em um momento de crescente crise política e judicial.

Por outro lado, a defesa de Bolsonaro, que também enfrenta a investigação atual, solicitou mais tempo para responder à denúncia, alegando a complexidade do caso. O ministro Alexandre de Moraes do STF, que conduz o processo, já rejeitou pedidos anteriores para prazos superiores ao estabelecido.

Essas declarações e ações no contexto político atual abrem espaço para intensos debates sobre a legislação e a responsabilidade dentro do sistema democrático brasileiro.

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