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Como a nova governança pode mudar o futuro da Eletrobras?

Logo da Eletrobras e detalhes financeiros
Neofeed – Eletrobras.

As ações da Eletrobras apresentaram uma alta significativa de mais de 6% nesta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025. Este movimento é impulsionado por um acordo recente alcançado entre a companhia e o governo federal, fruto de quase dois anos de negociações. Durante o horário das 12h00, as ações ELET6 estavam sendo negociadas a R$ 43,36, enquanto ELET3 alcançava R$ 39,34, um aumento de 5,61%.

O acordo revelou um novo entendimento sobre a governança da empresa, onde foi estabelecido que a União conquistará três assentos entre as dez cadeiras do Conselho de Administração. Além disso, a companhia também se comprometeu a investir R$ 2,4 bilhões na revitalização da Usina Nuclear de Angra 1. De acordo com a Advocacia-Geral da União, esse montante será proveniente de debêntures a serem emitidas pela Eletronuclear S.A., reforçando a parceria entre o governo e a estatal.

O processo de negociação não ocorreu sem controvérsias. O governo, que buscava retomar sua influência na Eletrobras após sua privatização, enfrentou forte resistência da empresa. Segundo informações do Estadão, houve uma assembleia geral onde os acionistas aprovaram o aumento do número de assentos no Conselho de Administração, solução que visou acomodar os interesses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O autor de uma análise sobre o tema destacou que “a marra de Lula na Eletrobras resultou em um novo cenário para a companhia”.

Esse aumento no controle do governo é visto como uma estratégia para garantir a conclusão de projetos fundamentais, como a finalização da usina nuclear de Angra 3. Contudo, as negociações em torno do novo conselho ainda geram incertezas sobre a real influência do governo nas decisões da empresa.

O desempenho positivo das ações da Eletrobras não conseguiu, no entanto, garantir que o índice Ibovespa se mantivesse no lado positivo, que apresentava queda de 0,42% no mesmo momento, em decorrência de perdas associadas a grandes empresas como Petrobras e Vale.

À medida que novas informações surgem sobre o futuro da Eletrobras e sua governança, a expectativa é de que o mercado acompanhe de perto os desdobramentos deste recente acordo. Os investidores estão atentos às mudanças que podem impactar a segurança jurídica e também o fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil.

Nos últimos tempos, as movimentações políticas em torno de estatais têm suscitado debates sobre a confiança do mercado e a percepção pública em relação à estabilidade e à integridade dos contratos no país. Agora, com mais assentos no conselho, a união parece estar se posicionando para alinhar suas estratégias e interesses à realidade da Eletrobras.

Os leitores são convidados a compartilhar suas opiniões sobre essas mudanças e a discussão em torno do futuro da energia no Brasil nos comentários abaixo.

Referências

  • https://www.cnnbrasil.com.br/economia/mercado/acoes-da-eletrobras-saltam-apos-acordo-da-empresa-com-o-governo/
  • https://www.estadao.com.br/opiniao/a-marra-de-lula-na-eletrobras/

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