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Entenda como a negociação entre Eletrobras e o governo transformou a dinâmica da empresa

Logotipo da Eletrobras
Logotipo da Eletrobras. Fonte: Folha de S.Paulo

Após intensas negociações que se estenderam por quase dois anos, a Eletrobras chegou a um acordo com a União que permite ao governo brasileiro retomar um assento garantido no conselho de administração da companhia. A decisão foi tomada em uma assembleia-geral extraordinária, onde os acionistas aprovaram o aumento do número de assentos de nove para dez, permitindo assim que o governo usufrua de três assentos no total.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o acordo implica não só na reconfiguração do conselho, mas também na desobrigação da Eletrobras de investir na construção da usina nuclear de Angra 3, caso as obras sejam retomadas. “A Eletrobras se desobriga de investir em Angra 3, mas mantém as garantias de R$ 6,1 bilhões atualmente prestadas nos financiamentos já concedidos”, informou a empresa.

A privatização da Eletrobras, ocorrida em 2022 sob a gestão do então presidente Jair Bolsonaro, resultou em uma significativa diminuição da influência do governo na empresa. Com a nova configuração de poder, o governo, que possuía 43% do capital da Eletrobras, reivindicava uma maior participação no conselho administrativo. O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a privatização de um “crime de lesa-pátria”, levando a AGU (Advocacia-Geral da União) a tomar ações legais no STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter os efeitos da privatização e amplificar a influência governamental.

Além de garantir os assentos no conselho, o acordo prevê que a União trabalhará em um modelo financeiro que assegure investimentos e a expansão do projeto de energia nuclear. A Eletrobras também se comprometeu a contribuir com a extensão da vida útil da usina de Angra 1, conforme detalhes estipulados na negociação.

Central nuclear no Rio de Janeiro
Litoral de cartão postal no Rio de Janeiro abriga central nuclear brasileira. Fonte: Estadão

Com essa nova fase, o governo e a Eletrobras tentam aliviar tensões e potencializar a operação da estatal em um cenário de investimentos e necessidade energética crescente. A medida se mostra crucial para atrair novos acionistas e projetar um futuro viável para os projetos envolvidos.

Os detalhes do acordo ainda serão debatidos e precisam da aprovação final dos acionistas em uma assembleia subsequente. O desfecho positivo dessa negociação pode significar um fortalecimento da Eletrobras e um reequilíbrio nas relações entre o governo e a empresa. O que você acha dessa mudança? Deixe seu comentário!

Referências

  • https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/02/em-acordo-eletrobras-abre-espaco-para-governo-no-conselho-e-deixa-investimento-em-angra-3.shtml
  • https://www.estadao.com.br/opiniao/a-marra-de-lula-na-eletrobras/

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