Protestos e boicotes ganham força com a insatisfação dos consumidores!
Fonte: David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images
Neste dia 28 de fevereiro, um movimento chamado de “blackout econômico” está mobilizando consumidores em todo os Estados Unidos para um boicote de 24 horas contra grandes redes varejistas. A iniciativa foi idealizada por John Schwarz, um facilitador de meditação que convoca as pessoas a não gastarem com megaempresas como Amazon e Walmart, mas sim a direcionar seus gastos para pequenos negócios e necessidades essenciais.
“Ao longo do sistema, fomos explorados”, afirmou Schwarz, conhecido nas redes sociais como “TheOneCalledJai”. Ele instigou seus seguidores em um vídeo que superou 8,5 milhões de visualizações, prometendo que “no dia 28, vamos relembrar a eles quem realmente tem o poder”. O movimento, batizado de The People’s Union, emergiu como uma resposta à crescente insatisfação popular com o domínio econômico das grandes corporações e a ineficácia das políticas públicas.
A ideia de um boicote voltado para pequenas empresas ecoa uma insatisfação ampla e multifacetada entre os consumidores, que reclaman sobre altos preços e a influência desmedida dos bilionários. Este evento simbólico não apenas visa afligir os gigantes do comércio, mas também conscientizar os cidadãos sobre seu poder coletivo. Como observa Lawrence Glickman, historiador da Universidade de Cornell, “esse é um jeito de engajar em uma ação coletiva fora da esfera eleitoral”.
Além disso, o movimento está se preparando para organizar boicotes direcionados a empresas como Amazon e Nestlé nos próximos meses, como parte de uma resistência contínua à política econômica atual. O foco nas práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) também se destaca, já que a Target, que anteriormente era um forte defensor dessas iniciativas, agora enfrenta protestos intensos após recuar em seus compromissos. Recentemente, uma manifestação agendada para o dia 5 de março visa mobilizar consumidores contra a Target, especialmente entre comunidades que se sentiram traídas por essa mudança.
Fonte: Ellen Schmidt/AP
Estudos mostram que, apesar da força inicial dos boicotes, sua eficácia tende a ser limitada ao longo prazo, uma vez que muitos consumidores hesitam em alterar drasticamente seus hábitos, especialmente em tempos de economia instável. Contudo, Schwarz garante que a mobilização já arrecadou cerca de $80.000 para continuar seus esforços de ativismo.
O “blackout econômico” está recebendo atenção maciça nas redes sociais, com pessoas se unindo em um esforço simbólico para afirmar sua insatisfação e demanda por mudanças. Seguindo essa linha, perfis destacados, como Stephen King e Bette Midler, se manifestaram apoiando a iniciativa.
Este movimento reflete uma insatisfação mais ampla e sugere que consumidores estão prontos para agir de forma mais assertiva. Fica claro que, mesmo com a incerteza econômica crescente, a ação coletiva pode criar um diálogo em torno do poder que os consumidores realmente possuem.
Reforçando a ideia de que “a mudança começa com você”, a proposta é clara: “Você pode fazer parte dessa mudança, participe do debate e compartilhe sua opinião!”
Referências
- https://www.cnn.com/2025/02/28/business/economic-blackout-february-28/index.html
- https://time.com/7262796/the-people-union-usa-movement-behind-economic-blackout-consumers/
- https://www.pbs.org/newshour/politics/what-to-know-about-the-feb-28-economic-boycott