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Entenda o enredo emocional que destaca a primeira mulher trans documentada no Brasil!

Erika Hilton se preparando para entrar na avenida
Erika Hilton se preparando para entrar na avenida — Foto: Rafael Nascimento/g1

Neste ano, a Escola de Samba Paraíso do Tuiuti trouxe uma história fundamental para o carnaval carioca, destacando a figura histórica de Xica Manicongo, considerada a primeira mulher trans documentada no Brasil. O desfile, que ocorreu no dia 4 de março de 2025, contou com a participação de 28 pessoas trans, incluindo artistas, políticas e ativistas, evidenciando a luta pela igualdade e representatividade dentro da sociedade brasileira.

A deputada federal Erika Hilton, uma das protagonistas do desfile, enfatizou a importância de representar Xica Manicongo na Sapucaí. Em suas palavras, “Acho que hoje é um dia de festa, assim, de alegria. Xica Manicongo representa a nós, à nossa estada aqui.” Hilton também destacou que o carnaval deve servir como um espaço de protesto e celebração em relação aos direitos LGBTQIA+: “Não há democracia enquanto o Brasil seguir sendo o primeiro que ainda mata por puro ódio e preconceito essa população.”

O enredo da Tuiuti, sob a batuta do carnavalesco Jack Vasconcelos, trouxe à tona não apenas a história de Xica Manicongo, mas também a necessidade de reconhecimento e respeito pela identidade de gênero e orientação sexual. Xica, uma mulher que viveu no século 16, desafiou normas sociais de sua época e foi uma importante figura de resistência cultural, conforme ressaltado pelo carnavalesco: “Esse é o maior manifesto que a gente pode passar na Avenida. É mostrar essas mulheres travestis vivas e felizes pro mundo todo.”

Erika Hilton desfilará pela escola Paraíso do Tuiuti na Sapucaí.
Erika Hilton desfilará pela escola Paraíso do Tuiuti na Sapucaí. 04/03/2025.

O desfile não apenas presta homenagem a Xica, mas também questiona as normas sociais que ainda enfrentamos. Eventualmente, o enredo provoca uma reflexão sobre a luta dos trans e travestis na sociedade contemporânea. “Quem tem medo de Xica Manicongo?” é uma pergunta retórica que busca romper barreiras de preconceito e promover um diálogo sobre aceitação e respeito.

Como parte do que se apresentou na avenida, Xica Manicongo será representada por quatro mulheres trans e travestis, cada uma simbolizando um aspecto de sua história rica e complexa. O desfile da Tuiuti solidificou a ideia de que a cultura do carnaval pode ser uma poderosa ferramenta para a mudança social e a promoção da justiça.

O Carnaval é, portanto, um espaço não só de folia e diversão, mas também de luta e resistência, e o Paraíso do Tuiuti mostrou com bravura que essa diversidade e representatividade são essenciais para se alcançar um país mais justo e igualitário.

Os leitores estão convidados a deixar seus comentários sobre o desfile e a importância de histórias como a de Xica Manicongo. Que outras narrativas de resistência deveriam ser contadas?

Referências

  • https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2025/noticia/2025/03/04/tuiuti-tem-28-trans-em-desfile-sobre-xica-manicongo-a-1a-mulher-trans-documentada-no-brasil-veja-quem-participa-e-entenda-o-enredo.ghtml
  • https://veja.abril.com.br/coluna/veja-gente/carnaval-nao-combina-com-a-direita-diz-erika-hilton/
  • https://www.uol.com.br/carnaval/noticias/redacao/2025/03/04/quem-foi-xica-manicongo-1-trans-do-brasil-e-enredo-do-paraiso-do-tuiuti.htm

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