O debate sobre um plebiscito para a volta da monarquia ganha força em meio a assinaturas e apoio popular!
Fonte: Divulgação
Recentemente, a política brasileira ganhou mais um capítulo intrigante com a proposta de restauração da monarquia parlamentarista. Em um movimento surpreendente, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Brasileiro, liderada pela senadora Damares Alves, considerará uma sugestão que reúne mais de 29 mil assinaturas. A ideia é convocar um plebiscito para que os cidadãos decidam se desejam voltar ao regime monárquico, com um rei representando a unidade nacional.
Essa proposta, original do paulista Ilgner A., foi apresentada em setembro de 2024 e sugere que o Brasil adote um sistema de governo parlamentarista, abandonando o presidencialismo. Em entrevista ao Estadão, Damares enfatizou a necessidade de discutir a ideia: “Uma iniciativa vinda da sociedade não pode ficar na gaveta. Vamos pôr o assunto para debater. Por que não?”.
Todavia, a dúvida sobre quem poderia ser o novo monarca permanece sem resposta. Os principais candidatos seriam Dom Bertrand de Órleans e Bragança, trineto de Dom Pedro II, ou Pedro Carlos de Órleans e Bragança, bisneto do imperador. Cada um representa diferentes ramos da Casa Imperial Brasileira, dividida entre Vassouras e Petrópolis.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que os brasileiros serão consultados sobre a forma de governo. No plebiscito de 21 de abril de 1993, a população teve a chance de optar entre três modelos: a república presidencialista, o parlamentarismo e a monarquia. O resultado foi amplamente favorável ao presidencialismo, que obteve mais de 44 milhões de votos, enquanto a monarquia recebeu apenas 6,8 milhões dos votos válidos.
A discussão em torno da proposta de Ilgner A. é despertada, em parte, pela insatisfação com os atuais métodos de governança. Como refletido na crítica de alguns especialistas, a percepção de que “a república se mostrou não efetiva” teria confundido os cidadãos.
Historiadores e acadêmicos estão divididos sobre o assunto. O professor Roberto Biluczyk, em uma recente entrevista, indicou que a falta de engajamento em 1993 foi resultado de uma comunicação ineficaz sobre os sistemas propostos, não permitindo que a população tivesse um entendimento pleno sobre as implicações de suas escolhas.
Para muitos, a proposta de restabelecimento da monarquia é vista como um retrocesso. Vários grupos republicanos defendem que a democracia deve prevalecer, considerando as vantagens do sistema republicano que permite a participação e engajamento dos cidadãos nas decisões políticas. Eduardo Suplicy, ex-senador e uma das vozes mais proeminentes da oposição à monarquia, sustenta que o republicano é um sistema mais democrático, permitindo maior interação da população com seu governo.
A discussão sobre essa questão ressurge com novos desafios e mudanças no cenário político do Brasil, drenando energia e tempo dos legisladores. Como o debate avança, o país observa atentamente essa possível reviravolta em sua história política.
E você, o que pensa sobre essa proposta? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!
Referências
- https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/brasileiros-ja-puderam-optar-pela-restauracao-da-monarquia.phtml
- https://www.estadao.com.br/politica/senado-analisa-proposta-para-o-brasil-voltar-a-ter-um-rei-saiba-como-e/