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O que está por trás da incompatibilidade na gestão da nova gigante da moda?

Jatahy e Birman durante o anúncio da fusão, refletindo sobre a desarmonia na gestão.
Jatahy e Birman à época do anúncio da fusão: dinâmica de gestão não tem funcionado, dizem fontes — Foto: Valor.

A Azzas 2154, a nova empresa resultante da fusão entre Arezzo e Soma, está passando por um momento turbulento, com seus principais acionistas, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, negociando um divórcio empresarial. Esta situação vem à tona apenas oito meses após a conclusão da fusão, e ambas as partes já estão munidas de assessores financeiros e jurídicos para mediar a transação. “O desfecho não deve ser rápido como ambos gostariam”, apurou Maria Luíza Filgueiras para o Pipeline.

A divergência nas visões de gestão tem sido um ponto crítico. Enquanto Birman, CEO da Azzas, busca expandir e investir em marketing, Jatahy apresenta uma visão contrária, crendo que é hora de redução de gastos devido à expansão da companhia, que atualmente fatura em torno de R$ 10 bilhões. Esse conflito de interesses gerou rumores sobre uma possível cisão das operações, que, apesar de serem consideradas, enfrentam barreiras devido ao temido impacto fiscal e reações do mercado.

No quarto trimestre, a Azzas reportou um crescimento significativo na receita, com R$ 3,4 bilhões, um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior. Contudo, o EBITDA e o lucro líquido mostraram resultados decepcionantes: “O EBITDA veio 4% abaixo das projeções e o lucro, 26% menor”, afirmou o CFO Rafael Sachete ao Brazil Journal. A empresa luta para captar sinergias de custo prometidas durante a fusão, enfrentando, inclusive, a pressão dos estoques nas marcas que compõem a Azzas.

Enquanto o ambiente interno se deteriora, Birman e Jatahy têm buscado atrair investidores que possam facilitar a reestruturação, com emissários já tendo se aproximado de gestoras de private equity. No entanto, Jatahy tem sido claro sobre sua disposição de vender sua participação apenas por um “prêmio”, o que complica ainda mais as negociações.

A situação atual da Azzas levanta questões sobre a capacidade da empresa de atingir seus objetivos em um mercado tão dinâmico e competitivo. O papel da gestão e as decisões tomadas nos próximos meses serão cruciais para o futuro da empresa.

Os leitores estão convidados a compartilhar suas opiniões sobre essa reviravolta na Azzas e como isso pode impactar o mercado de moda brasileiro. Vamos discutir!

Referências

  • https://pipelinevalor.globo.com/negocios/noticia/azzas-alexandre-birman-e-roberto-jatahy-negociam-o-divorcio.ghtml
  • https://braziljournal.com/azzas-tem-forte-expansao-da-receita-mas-ebitda-e-lucro-desapontam/

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