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Entenda a controvérsia envolvendo declarações da cantora e suas implicações sociais!

Baby do Brasil ao participar de um culto evangélico
Baby do Brasil ao participar de um culto evangélico que aconteceu na D-Edge, balada mais tradicional de música eletrônica da cidade de São Paulo.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) tomou uma atitude drástica ao acionar o Ministério Público de São Paulo contra a cantora Baby do Brasil. A polêmica surgiu após a artista, durante um culto na boate D-Edge, fazer um apelo para que vítimas de abuso sexual “perdoassem” seus agressores, sem distinção, inclusive em casos de violência familiar.

Em sua denúncia, Sâmia Bomfim afirmou que “a fala de Baby do Brasil tem forte impacto pois, além de artista famosa, ela é uma líder religiosa”. A deputada criticou a cantora por promover uma cultura de silenciamento e impunidade, dizendo que “Baby flagrantemente cometeu incitação ao crime e condescendência criminosa” ao sugerir que as vítimas não deveriam denunciar seus agressores.

Além disso, a parlamentar destacou dados alarmantes sobre a violência de gênero no país, mencionando que o Brasil registrou em 2024 cerca de 83.988 casos de estupro, com a maioria das vítimas sendo crianças e adolescentes. “Esse discurso ultrapassa os limites da liberdade religiosa e de expressão”, afirmou Sâmia, referindo-se às falas da cantora que, segundo ela, incentivam a impunidade.

O evento “Frequência de Deus”, que foi realizado na D-Edge com a participação de Baby do Brasil e outros pastores, transformou a famosa pista de dança em um auditório improvisado. A repercussão negativa tornou-se imensa após trechos do culto se espalharem nas redes sociais. Renato Ratier, proprietário da casa noturna, se declarou contra qualquer forma de abuso e afirmou que o culto não será mais realizado.

“Durante o evento, algumas falas isoladas repercutidas não condizem com o que eu acredito”, escreveu Ratier em suas redes sociais, destacando a necessidade de proteger as vítimas e punir os agressores.

As críticas à posição de Baby do Brasil se intensificaram, com muitos defendendo que pregar o perdão a agressores pode aumentar o risco de violência contra a mulher. Especialistas e ativistas destacaram que mensagens desse tipo corroboram a cultura de silêncio que envolve muitas vítimas, tornando-as mais vulneráveis.

Esse episódio levanta uma discussão importante sobre a responsabilidade de figuras públicas em suas declarações, especialmente em matérias tão sensíveis quanto violência sexual e abuso. O momento exige reflexão e engajamento, não só sobre as palavras de artistas, mas também sobre o impacto que elas podem ter na sociedade.

O que você pensa sobre a situação? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!

Referências

  • https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/03/13/inaceitavel-e-criminoso-deputada-aciona-o-mp-apos-baby-do-brasil-pedir-para-vitimas-de-abuso-sexual-perdoarem-agressores.ghtml
  • https://www.uol.com.br/universa/colunas/cristina-fibe/2025/03/14/pregar-perdao-a-agressores-aumenta-o-risco-de-violencia-contra-a-mulher.htm
  • https://www.terra.com.br/nos/o-culto-nao-ira-mais-acontecer-promete-dono-da-d-edge-apos-baby-do-brasil-pedir-para-vitimas-de-abuso-sexual-perdoarem-agressores,aa25d3adf7fea57ebe24408958042244fulduko8.html

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