Conflito se intensifica com ataques aéreos e declarações de Donald Trump
Integrantes e simpatizantes dos Houthis participam de protesto contra os EUA em Sanaa, no Iêmen, em 17 de março de 2025. — Foto: Adel Al Khader/ Reuters.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações contundentes nesta quarta-feira (19), pedindo que o Irã cesse imediatamente o envio de ajuda militar aos Houthis, grupo rebelde apoiado por Teerã no Iêmen. Trump afirmou que os Houthis “serão completamente aniquilados” e ressaltou a necessidade de deter os suprimentos iranianos ao grupo. Essas declarações surgem em resposta a uma série de ataques realizados pelos Houthis contra embarcações norte-americanas no Mar Vermelho.
De acordo com informações, os Houthis têm se mostrado ativos no conflito, atacando quatro navios norte-americanos em uma tentativa de reafirmar sua posição militar. Trump disse que, apesar da redução na intensidade do apoio iraniano, o país ainda continua enviando materiais aos rebeldes. “Deixe os Houthis lutarem por si mesmos. Eles são um grupo que, de qualquer forma, já está destinado a perder”, destacou o presidente, exigindo que o Irã pare com o auxílio imediato.
Além das tensões diplomáticas, os EUA bombardearam alvos da facção Houthi no Iêmen, incluindo um esconderijo de líderes do grupo em Saada, conforme relatos da mídia local. Os ataques aéreos atingiram várias regiões, deixando um saldo de vidas, conforme anunciado. O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, afirmou que o grupo atacou o porta-aviões USS Harry S. Truman, alegando que as operações tiveram sucesso.
A escalada do conflito entre os EUA e os Houthis se intensificou, especialmente após o Irã ter sido alertado por Trump a assumir a responsabilidade pelos ataques dos rebeldes. “Cada disparo dos Houthis será considerado um ataque lançado pelo Irã e eles terão que arcar com as consequências”, disse Trump em sua rede social.
As tensões têm fortalecido os protestos dentro do Iêmen, com milhares de manifestantes clamando “morte aos EUA, morte a Israel” em cidades sob controle dos Houthis. As forças rebeldes afirmaram que continuarão a apoiar o povo palestino e a confrontar Israel frente às recentes ofensivas na Faixa de Gaza.
A ONU e outras nações têm pedido um cessar de qualquer atividade militar na região, e as vozes em favor do diálogo para a resolução do impasse têm ganhado destaque. Enquanto isso, o ciclo de violência parece longe de ter fim, com o povo do Iêmen sofrendo as consequências de um conflito prolongado que já deixou milhares de mortos e inúmeras crises humanitárias.
Os acontecimentos nos últimos dias ressaltam a complexidade das interações no Oriente Médio, onde a guerra civil no Iêmen é um dos muitos capítulos de uma narrativa muito mais ampla.
Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/03/19/trump-ameaca-ira-por-ajuda-a-houthis-e-diz-que-envio-de-suprimentos-deve-parar-imediatamente.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eua-atacaram-esconderijo-de-lideres-houthis-no-iemen-dizem-fontes/
- https://www.brasil247.com/mundo/houthis-relatam-novo-ataque-a-porta-avioes-dos-eua-no-mar-vermelho
