Ministros divergem e ex-presidente surpreende ao comparecer ao Tribunal.
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal julga denúncia contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados, nesta terça-feira (25) — Foto: Antonio Augusto / STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou no último dia 25 de março de 2025 o julgamento sobre a tentativa de golpe, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas. Este processo se destaca por sua complexidade e pelas reações variadas entre os ministros da Corte.
O destaque do dia foi a presença inesperada de Bolsonaro na Primeira Turma do STF, onde ele foi o único dos investigados a comparecer. Conforme relatado por O GLOBO, “Bolsonaro sentou-se na primeira fila, entre os seus advogados” e se mostrou atento ao andamento dos trabalhos, ajudando até seu advogado a colocar a toga.
Ex-presidente Jair Bolsonaro assiste julgamento que pode torná-lo réu pela trama golpista — Foto: Gustavo Moreno / STF
O julgamento começou com a apresentação do caso por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a sustentação dos advogados de defesa. Entre os principais pontos discutidos, o relator Alexandre de Moraes fez uma defesa contundente da atuação da Corte, respondendo às “narrativas” que questionavam a legalidade da investigação, com a ênfase de que “o Supremo não será intimidado por milícias digitais ou por pressão internacional”.
Outro momento importante do julgamento foi a divergência entre os ministros, principalmente entre Moraes e Luiz Fux. O ministro Fux sugeriu que o caso fosse analisado pelo plenário do STF, o que demonstrou um posicionamento que muitos advogados consideram um possível contraponto a Moraes. De acordo com a CNN Brasil, Fux afirmou: “Essa matéria não é tão pacífica assim, foi mudada e remudada”.
Bolsonaro sentou na primeira fileira da sala da Primeira Turma do STF para assistir o julgamento — Foto: Gustavo Moreno / STF
Durante a sessão, a defesa de Bolsonaro tentou dissociar seu cliente das acusações, alegando que “não se achou nada contra ele nas investigações”, conforme mencionado pelo advogado Celso Vilardi. Por outro lado, as argumentações surgiram também sobre a validade da delação de Mauro Cid, que se tornou um ponto de discórdia entre diversas defesas.
Por fim, o julgamento que pode levar Bolsonaro e outros aliados a se tornarem réus por tentativa de golpe continua a atrair a atenção do público e da mídia, levantando discussões sobre a integridade das instituições e o futuro político do Brasil.
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Referências
- https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/03/25/bronca-divergencia-entre-ministros-surpresa-de-bolsonaro-em-8-pontos-entenda-o-inicio-do-julgamento-sobre-golpe-no-stf.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/teo-cury/politica/analise-fux-indica-que-pode-ser-contraponto-a-moraes-em-julgamento/
