O que levou a ministra das Relações Institucionais a retirar seu vídeo das redes sociais?
Trecho de vídeo em que Gleisi Hoffmann sugere pegar “empréstimo do Lula” — Foto: Reprodução.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se viu no centro de uma controvérsia ao sugerir em um vídeo o uso do ‘Crédito do Trabalhador’, chamado de “empréstimo do Lula”. O vídeo, postado em suas redes sociais no último sábado, detalhava as vantagens do novo modelo de crédito pessoal voltado para trabalhadores do setor privado, com taxas de juros reduzidas. Entretanto, a abordagem gerou diversas críticas, sendo vista como uma tentativa de promoção pessoal do presidente.
De acordo com a reportagem do O Globo, она mencionou no vídeo: “Apertou o orçamento? O juro está alto? Pega o empréstimo do Lula.” Esta frase desencadeou uma série de reações negativas, levando a ministra a deletar a postagem na segunda-feira seguinte. Em nota, Gleisi comentou: “Diante de iniciativas no âmbito jurídico por parte de partidos de oposição, decidi suspender a postagem”.
Por sua vez, o partido Novo apresentou um pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU), alegando que a ministra estaria utilizando o vídeo para promoção pessoal, em desacordo com as normas de conduta. O novo modelo de crédito, que já vigorava com 22,5 mil contratos e 6,1 milhões de propostas até a última segunda-feira, é oferecido por meio da carteira de trabalho digital e não exige um convênio entre funcionários e instituições financeiras para a concessão dos empréstimos.
Além da polêmica envolvendo Gleisi, os dados mais recentes mostram que a iniciativa do crédito consignado CLT, que entrou em operação na sexta-feira anterior, teve uma aceitação surpreendente – cerca de R$ 50 bilhões em pedidos de empréstimos foram solicitados, segundo a CNN Brasil. Cada trabalhador solicitou, em média, R$ 8.995 em crédito e a avaliação do setor financeiro destaca que esse interesse foi além das expectativas iniciais.
Carteira de trabalho digital.
Enquanto a implementação do crédito ganhou impulso, os analistas, como os do banco JPMorgan, notaram que importantes instituições financeiras estavam ausentes, o que pode impactar a performance e a adesão ao novo sistema de consignado. A expectativa é que, a partir do final de abril, mais bancos entrem no mercado, expandindo ainda mais as opções para os trabalhadores.
A repercussão gerada pelo vídeo e o interesse pela linha de crédito refletem um momento conturbado na política e na economia brasileiras, levantando questões sobre os limites da comunicação pública e a responsabilidade dos agentes políticos.
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Referências
- https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/03/24/gleisi-sugere-pegar-emprestimo-do-lula-sofre-criticas-e-apaga-video-das-redes-sociais.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economia/macroeconomia/consignado-clt-trabalhadores-ja-pediram-r-50-bi-em-emprestimos/
- https://www.infomoney.com.br/mercados/consignado-clt-jpmorgan-ve-principais-bancos-ausentes-e-faz-ponderacoes/