Milhares de pessoas se reúnem em diversas cidades para exigir que a anistia não seja aprovada!
Descrição: A imagem mostra um protesto com várias pessoas segurando cartazes. Em primeiro plano, há um cartaz com a frase ‘LATA DE LIXO DA HISTÓRIA’ e a palavra ‘Juntas’. Também são visíveis máscaras de figuras políticas, incluindo rostos de líderes conhecidos. Ao fundo, um cartaz maior exibe a frase ‘SEM ANISTIA POR SALÁRIO FIM DO 6×1’. O ambiente é urbano, com árvores ao fundo. Fonte: REUTERS/Ueslei Marcelino.
Neste domingo, 30 de março de 2025, a esquerda brasileira organizou protestos em várias cidades do país, com o objetivo de demonstrar oposição à proposta de anistia que beneficia os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A mobilização tem como principal bandeira a defesa pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi alvo recente de ações judiciais.
A maioria dos atos foi promovida por entidades que compõem a frente Povo Sem Medo e Brasil Popular. Em São Paulo, os manifestantes se concentraram na Praça Oswaldo Cruz, localizada na Avenida Paulista, de onde marcharam em direção ao antigo DOI-Codi, um símbolo da repressão da ditadura militar.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) convocou a manifestação através de suas redes sociais e teve a participação de outros representantes da esquerda, incluindo membros do PSOL e do Partido dos Trabalhadores (PT). Em seu discurso, Boulos enfatizou a importância da luta contra a anistia, afirmando: “Anistia é o escambau”. Ele também se dirigiu à plateia, afirmando que a mobilização estava mais cheia do que os apoiadores de Bolsonaro em Copacabana.
Além de São Paulo, ações também ocorreram em outras capitais. No Rio de Janeiro, embora o ato principal tenha sido agendado para o dia 1º de abril, grupos realizaram panfletagens e colagem de cartazes neste domingo. Em Belo Horizonte, manifestantes carregaram cartazes com fotos de vítimas da ditadura, simbolizando a luta pela memória e justiça. Em Brasília, cartazes contra a anistia foram destacados no Eixão do Lazer, reforçando a mensagem de que a luta pela democracia continua.
As manifestações se estendem ao longo da semana, com atos programados em diversas cidades como Niterói, Ribeirão Preto, Fortaleza e outras capitais nordestinas. O governo de Lula (PT), que optou por não realizar celebrações oficiais em memória ao golpe militar de 1964, foi criticado por sua postura em relação às mobilizações.
À medida que a discussão sobre a anistia avança na Câmara dos Deputados, lideranças políticas afirmam que a proposta está sendo usada como moeda de troca para pressionar o STF e, assim, buscar penas mais brandas para os réus da tentativa de golpe, incluindo Bolsonaro.
As ações estão longe de terminar, e a expectativa é que o tema da anistia continue a dominar os debates políticos nas próximas semanas.