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Invasão hacker causa rebuliço nas relações Brasil-Paraguai; o que realmente aconteceu?

Usina de Itaipu economiza água para garantir produção de energia no último trimestre de 2024
Usina de Itaipu economiza água para garantir produção de energia no último trimestre de 2024 — Foto: Reprodução/TV Globo

Um sério desdobramento envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) emergiu após depoimentos que alegam a realização de invasões à redes governamentais do Paraguai. Um funcionário da Abin afirmou que, sob a gestão do atual governo, ocorreram operações de invasão hacker nas instituições do país vizinho, com o intuito de obter dados sigilosos relacionados às negociações da hidrelétrica de Itaipu.

A alegação foi publicada em reportagens do portal UOL e corroborada pela TV Globo, destacando que a operação, embora iniciada no governo Jair Bolsonaro, continuou delimitada durante a administração de Lula. O governo brasileiro, no entanto, nega a participação na ação, afirmando que as operações foram suspensas imediatamente ao serem descobertas.

O relato do funcionário menciona que as invasões partiram de servidores hospedados fora do Brasil, e que as medidas de intrusão incluíam o uso de softwares específicos, além do envio de e-mails fraudulentos. “O objeto da operação era a obtenção dos valores que seriam negociados do Anexo C”, disse o servidor, referindo-se a uma parte crucial do tratado entre Brasil e Paraguai, que define a estrutura tarifária da energia elétrica da usina.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil reafirmou seu compromisso com a transparência nas relações diplomáticas, citando que não há evidências que sustentem as acusações de espionagem e que as operações foram autorizadas durante o governo anterior. O chanceler paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, também manifestou que, até o momento, não existem provas de um ataque brasileiro aos seus sistemas de informação.

Conforme a nota do governo brasileiro, “a citada operação foi autorizada pelo governo anterior, em junho de 2022, e tornada sem efeito pelo diretor interino da Abin em 27 de março de 2023”. Apesar das negações e justificativas, a situação ainda provoca tensão nas relações entre os dois países.

Este episódio levanta questões importantes sobre as práticas e diretrizes da Agência Brasileira de Inteligência, que está sob investigação por suas ações passadas. Cabe ressaltar que as investigações estão relacionadas a possíveis irregularidades ocorridas durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem.

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Referências

  • https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/03/31/funcionario-diz-que-atual-abin-hackeou-instituicoes-do-paraguai-governo-lula-diz-que-acao-ocorreu-so-na-gestao-bolsonaro.ghtml
  • https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/03/31/governo-lula-nega-acao-hacker-contra-paraguai.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/acao-do-brasil-contra-o-paraguai-o-que-sabemos/

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