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Repercussão negativa faz Ministério Público do Acre abrir investigação

MP-AC pede que Assúria Mesquita, filha do secretário Assurbanípal Mesquita, seja investigada por possível xenofobia
MP-AC pede que Assúria Mesquita, filha do secretário Assurbanípal Mesquita, seja investigada por possível xenofobia — Foto: Reprodução/Instagram e X

Uma estudante do curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), identificada como Assúria Nascimento de Mesquita, gerou grande indignação nas redes sociais após publicações depreciativas sobre os acreanos. Aos 20 anos, a estudante, filha do secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanípal Mesquita, fez declarações consideradas xenofóbicas em sua conta na plataforma X, antiga Twitter.

Na última quarta-feira (9), ela se referiu aos habitantes do Acre como “povo seboso” e expressou seu “asco” pelos acreanos. “A coisa que mais amo no meu namorado é que ele não é acreano”, disse Assúria em uma de suas postagens. As declarações rapidamente espalharam-se pela internet, provocando uma onda de repúdio entre usuários e organizações locais.

A Universidade Federal do Acre anunciou que está acompanhando o caso e que a coordenação do curso de Medicina convocou a aluna para uma reunião, onde ela pediu desculpas. O Ministério Público do Acre (MPAC) instaurou um inquérito para apurar o caso, visando compreender as circunstâncias e determinar se as declarações configuram crime de xenofobia. O promotor de Justiça Thalles Ferreira destacou a relevância do caso, observando: “O objetivo da instauração do inquérito policial é apurar quais foram as circunstâncias que essa pessoa praticou esses xingamentos contra os acreanos.”

Assúria Mesquita causou polêmica nas redes sociais ao se referir aos acreanos como 'povo seboso'
Assúria Mesquita causou polêmica nas redes sociais ao se referir aos acreanos como ‘povo seboso’ — Foto: Reprodução/Instagram

Após a repercussão negativa, Assúria publicou uma nota de retratação em suas redes, afirmando estar “profundamente arrependida” e reconhecendo o impacto de suas palavras. O secretário Assurbanípal Mesquita também se posicionou, enfatizando que a família não compactua com as opiniões da filha e ressaltando a importância de um diálogo construtivo e respeitoso.

A Atlética Sinistra, entidade representativa dos alunos de Medicina da Ufac, manifestou repúdio às postagens, reafirmando seu compromisso com um ambiente universitário inclusivo. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufac também se pronunciou, exigindo que a universidade tome as medidas cabíveis e reforçando que “xenofobia é crime”.

Essa situação abriu um debate necessário sobre preconceito e respeito na sociedade, evidenciando a importância de uma formação ética na Educação. O caso de Assúria Mesquita é um lembrete poderoso da necessidade de responsabilidade nas redes sociais e do impacto que as palavras podem ter sobre a dignidade e a identidade cultural de um povo.

Postagens de estudante de medicina da Ufac causaram revolta nas redes sociais nessa quarta-feira (9)
Postagens de estudante de medicina da Ufac causaram revolta nas redes sociais nessa quarta-feira (9) — Foto: Reprodução/X

Esse incidente ressalta um tema crucial: a importância da empatia e do respeito mútuo. Comente abaixo sua opinião sobre este caso e compartilhe este artigo para fomentar o debate sobre a responsabilidade nas redes sociais.

Referências

  • https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2025/04/12/veja-o-que-se-sabe-sobre-estudante-de-medicina-da-ufac-que-fez-publicacoes-ofensivas-contra-acreanos.ghtml
  • https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/norte/ac/asco-de-acreanos-mp-investiga-filha-de-secretario-apos-pots-xenofobicos/
  • https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/estudante-de-medicina-e-filha-de-secretario-do-acre-revolta-web-apos-ofender-acreanos-povo-seboso,482a1fb7f386e70fa4002565236e9d36qbezhx7h.html

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