Com mais de 80% dos votos apurados, presidente mantém vantagem sobre Luisa González
Imagem de Daniel Noboa. Fonte: Reuters
No último domingo (13), Daniel Noboa se destacou nas eleições presidenciais do Equador, mantendo uma confortável vantagem sobre sua oponente, Luisa González. Com 86,2% das atas eleitorais contabilizadas, Noboa alcançou 55,94% dos votos, enquanto González ficou com 44,06%, o que demonstra uma mudança significativa em relação ao resultado do primeiro turno, onde a diferença entre os candidatos foi apenas de 0,17 ponto percentual.
A presidente da autoridade eleitoral, Diana Atamaint, comentou sobre a alta participação do eleitorado, que foi de 83,7%, destacando que este foi um dia de “verdadeira festa democrática”. No entanto, o ambiente político no país permanece tenso. Antes da votação, o presidente Noboa decretou um novo estado de exceção, resultando em restrições à liberdade de reunião e ao direito de inviolabilidade domiciliar por dois meses. Essa medida foi severamente criticada pela oposição.
Os desafios enfrentados por Noboa são diversos, especialmente a crescente violência vinculada ao narcotráfico, que não só impacta a segurança pública, mas também a economia nacional e a qualidade de vida dos cidadãos. Guayaquil, uma das principais cidades do Equador, tornou-se o epicentro da criminalidade, algo que as campanhas eleitorais de Noboa e González focaram intensamente. A situação é gravemente comprometida, com uma taxa de homicídios que permanece a mais alta da América Latina.
Além disso, o processo eleitoral foi pautado por denúncias de irregularidades. Partidos de esquerda, incluindo a candidatura de Luisa González, expressaram preocupações sobre a legitimidade do pleito e levantaram questões sobre o papel do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Durante o dia da votação, houve relato de mudanças em locais de votação, uso indevido da máquina pública por parte do governo, e até a entrada de observadores internacionais sendo impedida.
A região, que já enfrentou crises políticas e sociais nos últimos anos, observa com expectativa os desdobramentos dos resultados, que têm repercussões significativas para a democracia equatoriana. Os partidos de oposição exigem transparência e pedem suporte de organismos internacionais para garantir a integridade do processo.
Diante de um cenário complexo e desafiante, muitos cidadãos estão inseguros sobre o futuro do Equador. A participação cívica e a pressão por um processo eleitoral justo podem ser os fatores-chave para moldar o próximo capítulo da política equatoriana.
Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre a condução deste processo eleitoral no Equador!
Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/04/daniel-noboa-lidera-contagem-no-equador-com-mais-da-metade-dos-votos-apurados.shtml
- https://www.brasil247.com/americalatina/partidos-de-esquerda-denunciam-irregularidades-no-segundo-turno-das-eleicoes-presidenciais-no-equador