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Qual será o impacto dessa decisão no mercado aéreo mundial?

Tarifas 'olho por olho' na guerra comercial entre EUA e China
Tarifas ‘olho por olho’ na guerra comercial entre EUA e China — Foto: Edição de arte.

O governo chinês determinou que suas companhias aéreas suspendam a compra de jatos da Boeing, em mais um capítulo da guerra comercial iniciada por Donald Trump. Essa medida é uma resposta direta ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses.

“A China proibiu suas companhias aéreas de comprar aviões da Boeing como retaliação à guerra comercial iniciada por Donald Trump,” relataram fontes à Bloomberg. Além disso, a China também suspendeu a aquisição de equipamentos e peças de empresas norte-americanas, após ter aplicado tarifas de 125% sobre produtos dos EUA.

Em resposta a essa escalada tarifária, que já inclui uma série de taxas que chegam até 145%, as ações da Boeing apresentaram uma queda significativa de 4,6%. A fabricante, que durante anos se beneficiou da demanda chinesa, agora enfrenta sérios desafios. De acordo com o governo chinês, as tarifas impostas podem tornar inviável a importação de aeronaves e componentes, gerando um impacto significativo sobre o mercado aéreo da China.

Os economistas chineses estão se mobilizando para discutir alternativas que minimizem a dependência dos EUA. “O investimento em serviços públicos é crucial para enfrentar a baixa demanda,” afirmou Zhang Bin da Academia Chinesa de Ciências Sociais, destacando a importância de aumentar o consumo interno em resposta às limitações impostas pelas tarifas dos EUA.

Recentemente, companhias aéreas como a Juneyao Airlines já adiaram entregas de novas aeronaves devido à incerteza provocada pela guerra comercial. A situação é tensa e, como observa o analista Li Xunlei, será necessário um “crescimento salarial razoável para os trabalhadores” para fomentar o consumo e mitigar os efeitos da atual crise.

O governo de Xi Jinping também está considerando maneiras de auxiliar as companhias de aviação que operam com jatos da Boeing, sugerindo que, apesar das restrições, a manutenção das relações comerciais ainda é crucial para o setor.

A disputa entre as duas maiores economias do mundo não mostra sinais de resolução e continua a afetar diretamente o mercado global. A Boeing, que já viu sua produção direcionada a diversos países, pode encontrar maiores dificuldades enquanto a China busca fortalecer suas indústrias locais, em especial no setor de aviação.

É crucial que essas movimentações sejam acompanhadas de perto, pois poderão definir os rumos do comércio internacional nas próximas décadas. Os leitores são incentivados a compartilhar suas opiniões e experiências sobre como essas políticas comerciais podem afetá-los.

Referências

  • https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/04/15/china-proibe-empresas-aereas-do-pais-de-comprar-jatos-da-boeing-apos-tarifaco-de-trump.ghtml
  • https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/04/economistas-chineses-oferecem-saidas-para-cortar-dependencia-dos-eua.shtml
  • https://www.metropoles.com/negocios/em-resposta-ao-tarifaco-de-trump-china-veta-compra-de-jatos-da-boeing

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