Decisão judicial permite que Telmário Mota cumpra pena em casa, mas ele ainda enfrenta sérias alegações de crime.
Telmário Mota foi senador por Roraima entre 2015 e 2023. Fonte: Agência Senado
O ex-senador Telmário Mota, condenado a oito anos e dois meses de reclusão por importunação sexual contra a própria filha, deixa a prisão nesta quinta-feira, 18 de abril de 2025. A decisão de transferi-lo para regime domiciliar foi determinada pelo desembargador Ricardo Oliveira da Vara de Execução Penal de Roraima, apoiada por preocupações relacionadas ao estado de saúde do ex-parlamentar.
Mota, que estava detido desde 2023, alegou enfrenta uma série de problemas de saúde, incluindo depressão com tendências suicidas, o que levou sua defesa a solicitar um habeas corpus. O advogado Diego Rodrigues fez declarações sobre a necessidade urgente de acompanhamento médico, uma vez que “o sistema prisional não podia tratar adequadamente os problemas de saúde de Mota”.
Ainda sob investigação por suposta autoria no assassinato de sua ex-mulher, Telmário Mota continua enfrentando sérias acusações. A ex-mulher, Antônia Araújo de Souza, foi assassinada em setembro de 2023, próximo a uma audiência onde ela deporia sobre as acusações de abusos. O delegado responsável pela investigação, João Evangelista, afirmou que “está cristalino que ele está por trás do assassinato”.
Os médicos que avaliaram Mota recomendaram a prisão domiciliar como uma medida humanitária, citando o risco significativo de suicídio e a falta de tratamento adequado na prisão. Durante o período em que permanecer em casa, ele deverá usar uma tornozeleira eletrônica e poderá sair apenas para atendimento médico ou com autorização judicial.
O cenário em que Telmário Mota agora se encontra revela as complexidades do sistema judicial brasileiro, onde, mesmo diante de acusações tão severas e um histórico criminal perturbador, questões de saúde mental podem influenciar decisões judiciais significativas.
A sociedade observa de perto as repercussões desses acontecimentos e a aplicação da justiça em casos tão delicados como este. Esta situação é um convite à reflexão sobre como a saúde mental pode impactar as decisões judiciais e a segurança pública.
Os leitores são incentivados a comentar suas opiniões sobre este caso e compartilhar o artigo para ampliar a discussão sobre justiça e saúde mental no Brasil.
Referências
- https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/teo-cury/politica/condenado-por-estupro-da-filha-ex-senador-vai-para-prisao-domiciliar/
- https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/04/18/acusado-de-mandar-matar-ex-mulher-ex-senador-deixa-a-prisao-apos-um-ano.ghtml