Projetos sociais ajudam indígenas e ribeirinhos a se tornarem autônomos na utilização de energia solar!
Grupo de mulheres participa de oficina de eletricidade em ambiente natural – Foto: Yuri Rodrigues/Divulgação
Nos últimos anos, diversas iniciativas têm surgido no Brasil com o objetivo de levar energia solar a comunidades tradicionais, especialmente indígenas e ribeirinhos. Essas ações, além de fornecer uma fonte de energia sustentável, capacitam os moradores desses territórios para que se tornem autônomos na operação e manutenção dos sistemas fotovoltaicos.
Um dos projetos de destaque é o Eletricistas do Sol, realizado pela ONG Saúde & Alegria. Desde 1999, a organização implementa sistemas solares na região do oeste do Pará. Recentemente, foi criada a primeira turma feminina do curso, que teve sua estreia em março de 2024. Segundo Caetano Scannavino, coordenador da ONG, “antes, o curso era misto, mas percebemos que as mulheres queriam participar mais ativamente. Decidimos, então, fazer turmas femininas, lideradas por professoras”.
No projeto, mulheres como Marileide Alves, que vive na comunidade ribeirinha Jari do Socorro, relatam a transformação em suas vidas. “No mês passado, aprendi a realizar pequenos reparos no equipamento”, conta Marileide, que antes dependia de outras pessoas para solucionar problemas elétricos. “Hoje, se algo acontece, consigo resolver na hora”.
Outro projeto importante é o Kurasí Tury, na comunidade indígena de Terra Preta, que também apresenta uma abordagem educacional. A ONG Revolusolar, em parceria com o Instituto Federal do Amazonas, tem promovido capacitações para os moradores, habilitando-os não apenas na instalação, mas também na manutenção dos sistemas solares. “Sem o treinamento adequado, é muito provável que deixem as placas em desuso e, com o tempo, elas parem de funcionar”, alerta Elen de Lima, da Revolusolar.
Além dessas iniciativas, destaca-se a Palma Solar, um projeto do Banco Palmas, localizado em Fortaleza, que busca democratizar o acesso à energia solar para famílias de baixa renda. A usina, prevista para ser inaugurada no dia 25 de abril, permitirá que 50 famílias adquiram energia a um custo muito menor do que o praticado pelas concessionárias locais. O fundador do banco, João Joaquim de Melo Neto, destaca que “a ideia é que a Palma Solar seja um projeto-piloto de produção de energia comunitária para garantir transição energética com justiça social no Brasil”.
Essas histórias e projetos mostram como a energia solar pode ser uma ferramenta de empoderamento e autonomia para comunidades em situação de vulnerabilidade. Ao oferecer aulas práticas e teóricas, essas iniciativas não só implementam tecnologia sustentável, mas também transformam vidas, permitindo que as comunidades se tornem protagonistas de suas próprias histórias.
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Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/folha-social-mais/2025/04/projetos-levam-energia-solar-a-povos-tradicionais-e-formam-eletricistas.shtml
- https://misturebas.com.br/2025/04/18/func-ener-solar-preso-tent-estupro/