A nova fase da guerra comercial entre Pequim e Washington
Gás Natural. Fonte: https://pra2.com/wp-content/uploads/2025/04/pic_9_2_6.jpg
A China suspendeu suas importações de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos, uma decisão que não ocorria desde junho de 2022. Essa mudança significativa revela as tensões ainda mais elevadas na relação comercial entre as duas potências. O último cargueiro de gás americano chegou à China em 6 de fevereiro, mas desde então, as compras foram completamente interrompidas, conforme reportado pela revista Veja.
As tarifas sobre o gás norte-americano aumentaram drasticamente. Inicialmente, uma tarifa de 15% foi aplicada em fevereiro, posteriormente elevada a 49%, tornando as importações dos EUA economicamente inviáveis para os compradores chineses. O cenário complicou-se ainda mais com o crescente relacionamento comercial entre Pequim e Moscou, onde a expectativa é de aumento nas importações de GNL russo, segundo declarou o embaixador da China na Rússia, Zhang Hanhui.
Durante o governo de Donald Trump, as exportações de GNL dos Estados Unidos para a China já haviam enfrentado dificuldades similares, resultando em paralisações que afetaram o setor energético. Agora, com a China redirecionando suas compras para países vizinhos, como Indonésia e Austrália, os Estados Unidos enfrentam um queda nas exportações. Entre janeiro e março de 2025, as exportações passaram de 194.200 toneladas para um total de zero, conforme reportado pela Revista Fórum.
Com a China substituindo os fornecedores americanos por alternativas mais viáveis, como a Indonésia e Brunei, as implicações econômicas para os EUA podem ser significativas. A ausência de um mercado absorvente para o gás e seus derivados, como etano e propano, coloca a indústria americana em uma posição delicada. Kristen Holmquist, diretora administrativa de análise da RBN Energy, comentou sobre a relação mútua necessária entre as indústrias americanas e chinesas de gás: “As duas indústrias precisam uma da outra”, afirmou.
Esta nova fase da guerra comercial não afeta apenas as relações entre China e Estados Unidos, mas também tem o potencial de reconfigurar o mapa energético global, com a Rússia e a Venezuela se beneficiando do novo direcionamento das compras chinesas.
Os efeitos dessas mudanças no setor de energia e comércio internacional devem ser acompanhados de perto, dado que a interdependência entre países se revela cada vez mais crucial.
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Referências
- https://veja.abril.com.br/economia/china-para-de-importar-gas-natural-dos-estados-unidos/
- https://revistaforum.com.br/economia/2025/4/20/derrota-assustadora-de-trump-no-campo-de-petroleo-gas-177762.html