Um novo inimigo a cada 15 dias? Entenda a estratégia de Trump!
Como Trump tentou emparedar alvos em série, dominou o noticiário e chacoalhou o mundo: Imigração — Foto: Bruna Azevedo/Editoria de Arte
Donald Trump está de volta à presidência dos Estados Unidos e, nos últimos 100 dias, sua administração tem chamado a atenção com uma série de polêmicas e decretos. Desde que reassumiu o cargo, Trump adotou uma tática que consiste em emparedar alvos internos e externos a cada 15 dias, inundando a mídia e o público com informações e decisões que visam controlar o noticiário.
Segundo Wesley Bischoff, do G1, “Trump elencou ao menos seis grandes inimigos neste início de governo — uma média de um a cada 15 dias”. Entre os principais alvos estão imigrantes, a Faixa de Gaza, a crise com a Ucrânia, o Irã e os Houthis, além de tarifas comerciais contra a China e um embate com universidades.
Trump assina decretos — Foto: Jim WATSON / POOL / AFP
A estratégia de comunicação de Trump, descrita como “firehose” ou “mangueira de incêndio” por especialistas, envolve despejar uma grande quantidade de informações em um curto espaço de tempo, dificultando a oposição e o trabalho da imprensa. A abordagem caótica tem como objetivo criar novas crises que desviam o foco de questões que o presidente deveria enfrentar, conforme explicado por Maurício Santoro, doutor em Ciência Política.
No campo da imigração, por exemplo, Trump ampliou os poderes dos agentes federais para deportar imigrantes, promovendo um clima de medo e incerteza. Ele também tentou acabar com o direito à cidadania por nascimento de filhos de imigrantes, uma proposta que acabou barrada pela Justiça.
Entre outros alvos está a Faixa de Gaza, onde Trump sugeriu a relocação temporária de palestinos para facilitar uma “limpeza” na região. Suas declarações sobre o território culminaram em críticas internacionais, sendo vistas como um indício de limpeza étnica.
Como Trump tentou emparedar alvos em série, dominou o noticiário e chacoalhou o mundo: Faixa de Gaza — Foto: Bruna Azevedo/Editoria de Arte
Outra questão que dividiu opiniões foi a abordagem da crise com a Ucrânia. Trump intensificou as pressões sobre o presidente ucraniano, Zelensky, e levantou críticas por sua postura pró-Rússia. Essa mudança abrupta na diplomacia americana gerou preocupações sobre o futuro das relações internacionais.
No âmbito econômico, a aplicação das tarifas com a China causou abalos nos mercados financeiros. Trump promoveu um “tarifaço”, afetando produtos de 180 países, que acabou se transformando em uma intensa guerra comercial entre as duas potências.
Como Trump tentou emparedar alvos em série, dominou o noticiário e chacoalhou o mundo: crise com a Ucrânia — Foto: Bruna Azevedo/Editoria de Arte
Por último, o embate com universidades como Harvard destaca a intenção de Trump em promover políticas mais alinhadas ao governo, criticando a diversidade e inclusão. As pressões sobre instituições de ensino culminaram em um movimento de resistência dentro da própria Harvard.
As ações de Trump têm gerado discussões sobre a efetividade e as implicações de sua liderança autoritária e, segundo alguns analistas, seu estilo pode representar riscos à democracia. Com a desaprovação popular crescente, a dúvida que paira é: “Como o povo americano realmente se sente a respeito disso?”.
Esse início de mandado de Trump não é apenas uma série de ocorrências; é uma nova era de política que desafia padrões e exige acompanhamento atento da sociedade. Quais serão os próximos passos desse controverso presidente? A discussão está aberta.
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Referências
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/04/20/um-inimigo-a-cada-15-dias-como-trump-tentou-emparedar-alvos-em-serie-dominou-o-noticiario-e-chacoalhou-o-mundo.ghtml
- https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/como-foram-os-100-dias-de-donald-trump-na-casa-branca-1.1600753
- https://www.brasil247.com/blog/obrigado-trump