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O novo tarifário pode impactar diretamente o orçamento das famílias e a segurança alimentar

Produtos de carne e aves expostos em uma prateleira de supermercado
Produtos de carne e aves expostos em uma prateleira de supermercado. Fonte: Getty Images.

A recente decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 21% sobre tomates mexicanos, a partir do dia 14 de julho, acendeu um alerta vermelho nas prateleiras dos supermercados norte-americanos. Desde que o governo de Trump começou seus esforços para mudar as relações comerciais com o México, a dependência dos EUA em relação a tomates importados tem sido uma preocupação crescente. O Departamento de Agricultura estima que cerca de 88% dos tomates consumidos nos EUA são importados, e muitos vêm do México.

Se essa nova tarifa for implementada, os preços dos tomates devem aumentar drasticamente. Conforme noticiou Justin Sullivan, “espera-se que a imposição rigida de tarifas sobre este vegetal se reflita diretamente nos orçamentos familiares”. Contudo, o aumento nos preços pode ser apenas a ponta do iceberg em um cenário mais amplo de desafios enfrentados pelos agricultores e consumidores americanos.

Durante esta mesma semana, agravantes climáticos exacerbaram a situação. Chuvas torrenciais que atingiram o Texas e o Meio-Oeste resultaram em “milhões de dólares em perda de culturas”. Como observado por Ben Murray, da Food and Water Watch, “sem um socorro financeiro, podemos apenas imaginar quão grave será para os agricultores”. Mesmo com um eventual auxílio, a agilidade na entrega dos recursos ainda é uma preocupação. Além disso, cortes significativos nos programas de assistência alimentar e a redução do quadro de pessoal do USDA poderão impactar a segurança alimentar nos próximos anos.

A contaminação dos alimentos também levanta sérios riscos à saúde pública. As informações sobre cortes nos serviços de segurança alimentar, bem como o aumento na velocidade das linhas de produção de plantas de processamento de carne, levantam alarmes quanto à qualidade dos produtos oferecidos ao consumidor. “Se a força de trabalho estiver sob mais pressão para aumentar a velocidade, com menor supervisão de segurança, isso pode levar a contaminações irreparáveis”, advertiu o vice-presidente do United Food and Commercial Workers International Union, Mark Lauritsen.

O cenário que se desenha para a alimentação nos Estado Unidos não é apenas preocupante em termos financeiros, mas também no que tange à saúde pública e à segurança alimentar em um momento em que, segundo a Administração de Alimentos e Drogas (FDA), a segurança dos alimentos já estava sob pressão devido a cortes orçamentários.

É fundamental que consumidores e especialistas discutam as implicações dessas decisões e o que podem significar em termos de saúde e economia. Compartilhe suas opiniões nos comentários e vamos conversar sobre o que podemos fazer para enfrentar esta realidade alarmante!

Referências

  • https://newrepublic.com/post/194110/tomato-prices-tariffs-food-safety-recall

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