Declarações no STF expõem divisões internas e supostas conspirações dentro do governo anterior!
Fonte: Brasília Hoje.
O Supremo Tribunal Federal (STF) segue investigando as tramas golpistas envolvendo ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Na última segunda-feira (26), testemunhas relataram que o ex-presidente se afastou do general Augusto Heleno, cuja pasta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), esteve no centro das discussões acerca das tentativas de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações colhidas durante o depoimento, o capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Ibsen Pennaforte de Campos, que foi chefe de gabinete de Heleno, afirmou que “observou que houve uma diminuição de reuniões entre Heleno e Bolsonaro” a partir da segunda metade do mandato de Bolsonaro, o que indica um distanciamento significativo entre os dois.
Outro testemunho relevante foi o de Amilton Coutinho Ramos, ex-assessor de comunicação no GSI, que atribuiu essa mudança a questões partidárias, afirmando que “o general Heleno assumiu publicamente resistência quanto à corrente majoritária no Congresso Nacional, e, assim, perdeu espaço no gabinete da presidência”.
Na mesma sessão, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também foi ouvido e, em sua defesa, reiterou a posição de apoio às falas controversas de Bolsonaro em uma reunião ministerial de julho de 2022, na qual o ex-presidente levantou questões sobre a suposta “fraude” nas urnas.
A audiência prossegue com a intenção de esclarecer os meandros das comunicações entre membros do governo. O STF está ouvindo testemunhas de defesa, e o ex-ministro Anderson Torres, acusado de ser um dos orchestradores da trama, teve sua lista de testemunhas com nomes notórios, como o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Esses depoimentos são cruciais para delinear ações do que ficou conhecido como o “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado.
Com os desdobramentos, as tensões nas audiências aumentam, com ameaças de desacato sendo feitas pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes, a testemunhas que não se mantiveram firmes em suas declarações, como no caso do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo.
Por meio dessas audições, o STF busca desvelar as mecânicas utilizadas por membros do governo Bolsonaro que, de acordo com as investigações, tentaram perpetrar ações não têm base legal para contestações eleitorais.
Esses eventos expõem as divisões não apenas entre aliados e opositores políticos, mas também entre aqueles que participaram do governo anterior. O cenário continua a se desenrolar e seus desdobramentos prometem manter os ânimos acirrados na política brasileira.
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Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/blogs/brasilia-hoje/2025/05/testemunhas-dizem-que-bolsonaro-se-afastou-de-augusto-heleno-ao-defender-ex-gsi-em-trama-golpista.shtml
- https://istoe.com.br/trama-golpista-stf-ouve-testemunhas-de-anderson-torres-nesta-terca
- https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/bate-boca-ameaca-de-prisao-e-confirmacao-de-plano-de-golpe-veja-depoimentos-para-moraes-no-stf,ef88705e08a17526ab7fc260c2d16b2b9qdfhdq7.html
