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Entenda o que motivou a prisão do cantor e as implicações de suas músicas na cultura do crime

MC Poze do Rodo sendo abordado por policiais
Imagem mostra um homem sem camisa, com tatuagens, sendo abordado por policiais. Fonte: Reprodução/ Policia Civil do Rio de Janeiro

O cantor de funk MC Poze do Rodo foi preso na manhã do dia 29 de maio de 2025, no Rio de Janeiro, acusado de fazer apologia ao crime e de estar ligado ao Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais poderosas do país. A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil, após investigações que revelaram a relação do artista com atividades do tráfico de drogas e a promoção de uma cultura que glorifica a violência e o crime organizado.

Conforme divulgado pelo secretário de Polícia Civil do RJ, Felipe Curi, MC Poze transforma sua música em “instrumento de dominação” e disseminação de ideias da narcocultura. “Ele dissemina nas suas letras que o crime é uma necessidade social”, declarou Curi em entrevista coletiva. As músicas do artista, segundo a polícia, extrapolam os limites da liberdade de expressão e artisticidade, configurando-se como apologia ao tráfico de drogas e incitando confrontos armados.

A investigação iniciou após um show realizado na comunidade da Cidade de Deus, onde o cantor teria se apresentado na presença de traficantes armados e, poucas horas depois, um policial civil foi morto em uma ação na mesma região. A polícia destaca que “shows do Poze são usados pela facção para aumentar os lucros com a venda de drogas” e reverter esses recursos em armamentos para continuar a prática criminosa.

MC Poze do Rodo, cujo nome de registro é Marlon Brendon Coelho Couto, afirmou que as narrativas atribuindo-lhe envolvimento com o tráfico são antigas. Seu advogado alega ter a intenção de recorrer à prisão temporária de 30 dias imposta pela Justiça, que foi expedida após constatações de que os eventos do artista estavam vinculados a financiamento por parte do Comando Vermelho.

O caso de MC Poze levanta discussões sobre o papel da música e dos artistas dentro das comunidades e sua influência na sociedade. O subsecretário de Polícia, Carlos Oliveira, ressalta que é vital observar os impactos desses eventos na vida dos moradores da comunidade, que, frequentemente, se veem obrigados a conviver com a violência gerada por estas narrativas.

Este episódio evidencia a complexa intersecção entre a cultura popular, a música e o crime no Brasil e provoca um debate sobre os limites da liberdade de expressão artística ante as consequências sociais que podem advir da glorificação da violência.

Ao final, os leitores são encorajados a comentar suas opiniões sobre a questão, buscando interagir com a reportagem e ampliar o diálogo sobre o impacto da música e da cultura no cotidiano das comunidades.

Referências

  • https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/05/secretario-de-policia-do-rio-diz-que-mc-poze-faz-parte-de-narcocultura-travestida-de-musica.shtml
  • https://cbn.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2025/05/29/musicas-de-poze-do-rodo-extrapolam-qualquer-tipo-de-manifestacao-cultural-diz-secretario-de-policia-civil-do-rj.ghtml
  • https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/apologia-ao-crime-e-mais-entenda-por-que-mc-poze-do-rodo-foi-preso,111dde2efe10bb938ad7fcc59470b400s5ab0n4g.html


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