Presidente francês pressiona a União Europeia por ações mais firmes; críticas ao governo de Tel Aviv crescem.
Imagem mostra uma cena de destruição em uma área urbana, com prédios em ruínas e escombros espalhados pelo chão. A mulher e o homem aparentam estar em uma situação de emergência. Fonte: Reuters
A situação na Faixa de Gaza continua a preocupar a comunidade internacional. Recentemente, o presidente francês Emmanuel Macron e o governo da Alemanha endureceram suas críticas em relação a Israel, sinalizando uma possível mudança na política europeia. A postura foi tomada em resposta à prolongada crise humanitária no território palestino, que já vitimou mais de 54 mil palestinos devido a um bloqueio severo por parte de Tel Aviv.
Durante uma coletiva de imprensa em Singapura, Macron afirmou que “se não houver uma resposta compatível com a situação humanitária” em Gaza, a União Europeia deverá aplicar sanções a Israel e reavaliar acordos de associação existentes. Ele destacou que a situação em Gaza é uma “tragédia humanitária e uma catástrofe política”, clamando por uma ação decisiva por parte da UE.
O governo francês está, inclusive, buscando a adesão de outras nações do bloco, como Bélgica e Reino Unido, para implementar um reconhecimento formal do Estado palestino, em um movimento que a França seria pioneira entre os países do G7. “Se abandonarmos Gaza, perderemos nossa credibilidade”, afirmou Macron, enfatizando que o bloqueio humanitário é insustentável.
Por sua vez, a Alemanha, tradicional apoiadora de Israel, também se manifestou, com seu ministro das Relações Exteriores indicando que o país reavaliará a exportação de armas para Tel Aviv. “Caso uma análise conclua que a situação atual em Gaza não está de acordo com o direito internacional, poderemos suspender o envio de equipamento militar”, disse Johann Wadephul, revelando uma clara mudança na postura alemã frente ao conflito.
Ainda segundo os relatos, a situação em Gaza se deteriora, com 100% da população local em risco de insegurança alimentar. A Organização Mundial da Saúde classificou o sistema de saúde na região como “crítico”, com 94% dos hospitais danificados ou destruídos. A declaração do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que descreve a situação como uma “mentira descarada”, não diminui a pressão que os líderes europeus estão colocando sobre o Estado israelense.
Além disso, a situação humanitária se agrava, com imagens registradas de famílias em fuga e comunidades devastadas pela violência. Um ciclo de ataques recentes novamente deixou dezenas de mortos, acentuando a crítica internacional.
Imagem registrada que mostra as consequências dos ataques israelenses em Gaza. Fonte: Reuters
A crescente pressão sobre Israel é refletida nas falas de líderes europeus que, como Macron, reconhecem a necessidade de uma solução de dois Estados, com base em negociações que garantam a segurança e direitos tanto para israelenses quanto palestinos. “O reconhecimento do Estado palestino é uma exigência política”, complementou Macron.
A situação, portanto, é tensa e os próximos passos da União Europeia em relação a Israel poderão redefinir não apenas as relações diplomáticas, mas também impactar diretamente os esforços humanitários na região, que parecem mais urgentes do que nunca.
Imagem retratando a grave situação alimentar em Gaza devido ao bloqueio. Fonte: Reuters
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Referências
- https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/05/franca-sobe-tom-contra-israel-que-acusa-macron-de-cruzada-contra-estado-judeu.shtml
- https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/05/30/macron-pressiona-uniao-europeia-a-endurecer-posicao-em-relacao-a-israel-pela-guerra-em-gaza.ghtml