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Entenda as implicações da transferência do bicheiro e a situação legal de seu processo

A prisão do bicheiro Rogério Andrade
Foto: Márcia Foletto/29/10/2024

Na última quarta-feira, dia 31 de outubro de 2024, o Ministério da Justiça confirmou o recebimento do pedido de transferência do contraventor Rogério Andrade para uma penitenciária federal. Andrade, que está preso no presídio Bangu 1 no Rio de Janeiro, é considerado um dos homens mais perigosos da região e é suspeito de ter ordenado o assassinato de Fernando Iggnácio, seu rival no crime organizado, em novembro de 2020.

A transferência de Rogério para um presídio de segurança máxima está sendo aguardada, mas ainda depende de detalhes logísticos, incluindo a escolta por parte de policiais federais e penais. O advogado do bicheiro, Raphael Mattos, expressou que a defesa contestará a legalidade da prisão e a reabertura do processo, alegando que a denúncia é tardia e genérica. Ele declarou: “Iremos ingressar com todas as medidas legais necessárias, não só para combater a ilegal prisão.”

O contraventor foi preso durante a Operação Último Ato, realizada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. As autoridades acusam Rogério Andrade de ser um dos mandantes do homicídio de Fernando Iggnácio, que era casado com uma das filhas de Castor de Andrade, um dos mais conhecidos bicheiros do Rio de Janeiro e parente de Rogério.

A disputa pelo controle do jogo do bicho e a herança deixada por Castor de Andrade tem gerado conflitos violentos, com o assassinato de Iggnácio destacando-se como um evento crucial nessa guerra. A reabertura das investigações foi impulsionada por novos elementos que surgiram ao longo de dois anos de apurações, segundo informações do Ministério Público.

Além de Rogério, o policial militar reformado Gilmar Eneas Lisboa também foi preso durante a operação, suspeito de monitorar Iggnácio antes do assassinato. As graves acusações contra Andrade incluem outros crimes, uma vez que ele é suspeito de ter participado de uma série de homicídios relacionados às disputas de poder no jogo.

Esta sequência de eventos ilustra não apenas a corrupção e a violência associadas ao crime organizado no Rio de Janeiro, mas também os desafios enfrentados pelas autoridades na luta para desmantelar essas redes perigosas. Os desdobramentos que se seguirão podem ter impactos significativos sobre a dinâmica do crime na região. O público permanece atento, enquanto a defesa de Rogério busca alternativas legais para contestar as ações do judiciário e do Ministério Público.

O caso levanta questões sobre a efetividade do sistema judiciário e a capacidade do Estado em lidar com as intricadas relações no mundo do crime, particularmente em um contexto onde heranças e disputas familiares se entrelaçam com atividades ilícitas.

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Referências

  • https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/10/31/pedido-de-transferencia-do-bicheiro-rogerio-andrade-para-penitenciaria-federal-e-recebido-pelo-ministerio-da-justica.ghtml
  • https://www.terra.com.br/diversao/gente/apos-prisao-do-marido-bicheiro-fabiola-de-andrade-toma-atitude-drastica-na-web,8a00fb075455bc4574ae1776483a981dqlqfcgk8.html
  • https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/10/rogerio-de-andrade-e-suspeito-de-ter-ordenado-morte-de-filho-e-genro-de-castor-de-andrade.shtml

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