Do desafio da redação ao encontro entre gerações na prova – descubra o que aconteceu!
Fonte: Rafaela Araújo/Folhapress
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 trouxe uma proposta desafiadora aos estudantes: a redação abordou “Os desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Para professores consultados, o tema foi considerado “inesperado, mas atual e relevante”, exigindo um debate aprofundado entre os candidatos.
Os alunos que participaram do exame no primeiro dia, realizado em 3 de novembro, enfrentaram 90 questões objetivas e a embaraçosa tarefa de desenvolver uma redação dissertativa sobre a herança africana. O tema gerou bastante discussão, refletindo sobre a invisibilidade social e cultural que os afrodescendentes ainda enfrentam. Em palavras de um dos educadores, “essa obra [do grupo Racionais MC’s] evidencia a realidade de silenciamento da população negra, destacando a importância de resgatar as origens desse grupo social”.
Além disso, como abordado por outros especialistas, “as leis que visam incluir a cultura africana no currículo escolar têm pouca adesão”, sugerindo a necessidade de um esforço coletivo para garantir que essa passagem da história não caia no esquecimento.
Na prova, estiveram presentes candidatos de idades variadas, como é o caso de Otávio Miguel Lopes Silva, de 15 anos, e Djalma Oliveira Leite, de 56 anos. Otávio, um estudante do ensino médio, participou com a intenção de se familiarizar com o formato do exame e se preparar melhor para futuros desafios. Djalma, por outro lado, viu no Enem uma oportunidade de finalmente cursar filosofia, um sonho que almejava há muitos anos. Como ele mesmo declarou: “O Enem é uma das oportunidades que podem me levar a realizar meu objetivo”.
Fonte: Stephane Gomes/g1
Este Enem foi mais do que apenas uma prova; foi uma verdadeira reflexão sobre questões sociais e culturais que permeiam a sociedade brasileira. O cenário de diversidade de idades entre os candidatos evidencia o poder transformador da educação e da busca pela valorização das raízes históricas.
Como o ensino de história e cultura africanas ainda é insuficiente nas escolas, é fundamental que o Ministério da Educação crie novas políticas que incentivem a inclusão desses temas. A esperança é que essas discussões se tornem cada vez mais presentes nos currículos escolares, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
Se você participou do Enem ou tem interesse nos temas abordados, sinta-se à vontade para deixar seu comentário e compartilhar sua experiência!
Referências
- https://educacao.uol.com.br/noticias/2024/11/03/professores-fazem-redacao-com-tema-do-enem-2024-leia-exemplo.htm
- https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2024/11/03/enem-2024-candidatos-com-mais-de-40-anos-de-diferenca-comentam-sobre-realizacao-da-prova-em-mt.ghtml
- https://exame.com/brasil/que-horas-acaba-a-prova-do-1o-dia-do-enem-2024-veja-o-tempo-minimo-e-maximo-de-realizacao-do-exame/
