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O impacto das novas políticas econômicas dos EUA e as expectativas para o Brasil

Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos
Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos. — Foto: Carlos Barria/Reuters

No dia 6 de novembro de 2024, o dólar comercial apresentou uma significativa queda, fechando abaixo dos R$ 5,70, após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O dia anterior havia visto a moeda americana subindo, com a expectativa dos investidores sobre suas políticas econômicas, mas a tendência mudou rapidamente.

A moeda chegou a ser negociada a R$ 5,86 no início das operações, mas foi sendo redirecionada para um patamar de R$ 5,70. Essa inversão ocorreu em parte devido à percepção de que a vitória de Trump, embora inicialmente inflacionária em termos de expectativas de juros nos EUA, não puxou a cotação do dólar para níveis ainda mais altos em relação ao real.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, afirmou: “O real já era uma das moedas que mais acumulava perda entre os emergentes, logo o espaço para desvalorização foi menor do que em outros casos”. Além disso, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que ocorreria no mesmo dia, trouxe expectativas de uma nova alta na Selic, o que poderia influenciar positivamente o real.

O dólar turismo, que afeta diretamente quem viaja ou faz compras internacionais, estava cotado acima dos R$ 6,00. Essa oscilação reflete uma pressão significativa sobre o custo de vida e de produtos importados no Brasil, especialmente considerando as projeções sobre o crescimento da inflação nos Estados Unidos.

Os analistas destacam que as políticas protecionistas de Trump podem impactar diretamente a balança comercial brasileira, já que a redução das exportações para os EUA poderá se intensificar. Welber Barral, consultor especializado, comentou: “Com Trump, podemos ter uma sanção indireta que pode afetar as exportações brasileiras.”

Para aprofundar as possíveis consequências da vitória de Trump, a expectativa é de que sua administração defenda tarifas de importação mais altas, o que poderia pressionar ainda mais a inflação nos EUA. Isso resulta em uma pressão sobre a taxa de juros, refletindo também no mercado brasileiro.

O cenário atual é um desafio para a economia brasileira, com um dólar que sob pressão pode gerar mais incertezas para o governo de Lula, que já observou desdobramentos nas reuniões ministeriais sobre cortes de gastos, conforme mencionado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Essa situação destaca a importância de acompanhar as movimentações do mercado e as políticas econômicas que podem surgir. O engajamento com o tema é essencial, e os leitores são incentivados a deixar comentários e compartilhar suas opiniões.

Referências

  • https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/11/06/dolar-ibovespa.ghtml
  • https://www.infomoney.com.br/mercados/dolar-hoje-abertura-fechamento-comercial-turismo-06112024/
  • https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/11/vitorioso-de-novo-trump-nao-e-um-acidente-da-historia.shtml

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