Operação revela esquema de fraude na zona oeste carioca!
Nem todas as marcas de azeite de oliva estão liberadas para consumo | Foto: RDNE/Pexels
Em uma operação realizada no dia 7 de novembro de 2024, a Polícia Civil do Rio de Janeiro interditou um galpão clandestino que produzia azeite falsificado em Barra de Guaratiba. O local estava sob investigação após denúncias de que o produto que saía do galpão era adulterado com até 70% de óleo vegetal. Além disso, as garrafas eram rotuladas com marcas fictícias, como “Ouro de Alantejo”, que não possuem qualquer registro ou autorização dos órgãos competentes.
A apreensão ocorreu em resposta a uma crescente preocupação com a segurança alimentar dos consumidores. Marco Castro, delegado responsável pela operação, participou da ação e afirmou: “A pessoa, sem conhecer, levava o azeite falsificado para casa, com preço elevado para o consumidor.” Durante a investigação, foram detidas quatro pessoas, que foram liberadas após pagamento de fiança.
Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária havia emitido um alerta sobre 12 marcas de azeite consideradas fraudulentas. Entre elas, estão Grego Santorini, La Ventosa e Alonso, todas desclassificadas após testes físico-químicos que indicaram a presença de óleos vegetais não identificados, tornando-os impróprios para consumo.
Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal — Foto: Cláudia Meneses / Agência O Globo
Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, destacou que a fraude mais comum observada no mercado é a mistura de azeite com óleos vegetais, como o de soja. “A principal dificuldade está na falta de conhecimento do consumidor. O brasileiro não consegue identificar um produto adulterado porque seu paladar não tem esse treinamento”, afirmou Caruso.
A operação policial teve não apenas o objetivo de fechar a fábrica clandestina, mas também de educar os consumidores sobre os riscos envolvidos na compra de azeite de baixa qualidade e a importância de escolher produtos de marcas confiáveis, especialmente em pequenos mercados onde a fiscalização é mais difícil.
Essa ação foi um passo importante para garantir a qualidade do azeite disponível no mercado e proteger os interesses dos consumidores. Os esforços das autoridades, juntamente com a conscientização do público, são essenciais para combater fraudes nesse setor.
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Referências
- https://revistaoeste.com/agronegocio/galpao-que-produzia-azeite-falsificado-e-interditado-no-rio-de-janeiro/
- https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/11/09/fraude-mais-comum-no-azeite-de-oliva-e-misturar-outro-oleo-vegetal-revela-diretor-de-inspecao-do-ministerio-da-agricultura.ghtml
- https://diariodorio.com/policia-civil-descobre-fabrica-clandestina-de-azeites-em-barra-de-guaratiba/