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Medidas do governo de Lula podem prejudicar os mais vulneráveis e aumentar a pobreza

Cerimônia no Palácio do Planalto
BRASILIA, DF, 30-10-2024 (FOTO Gabriela Biló /Folhapress)

A limitação do ganho real do salário mínimo às regras do novo arcabouço fiscal brasileiro pode ter consequências graves para a distribuição de renda no país. Um estudo recente do Made (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades) da Universidade de São Paulo (USP) indicou que essa medida, proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, tende a aumentar a desigualdade social e prejudicar os mais pobres.

De acordo com o estudo, “o impacto negativo na distribuição de renda aumentaria entre 3,2% e 3,8%”, caso a nova política de reajuste do salário mínimo, atrelada ao arcabouço fiscal, fosse implementada desde o ano 2000. Ao mesmo tempo, os gastos públicos com benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), seriam drasticamente reduzidos.

Além disso, o estudo destacou que o índice de Gini, um indicador que mede a desigualdade da renda, poderia aumentar, passando de 0,529 para um valor entre 0,546 e 0,549, reforçando a crescente concentração de renda no Brasil.

Os pesquisadores também alertaram para as consequências econômicas dessa política. O especialista Guilherme Klein Martins, professor na Universidade de Leeds, afirmou: “A redução dos benefícios sociais prejudica o poder de compra dos mais pobres e pode impactar negativamente o PIB”, enfatizando que cada R$ 1 cortado em benefícios sociais pode resultar em uma diminuição do PIB de R$ 2,15 a médio prazo.

Outro ponto crucial levantado pelo estudo é que, enquanto a nova política de valorização do salário mínimo, instituída em 2023, visa corrigir o piso salarial com base na inflação e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o real impacto dessas medidas sobre a desigualdade ainda é desconhecido.

Para os beneficiários do BPC, a atualização do salário mínimo, que deve ocorrer em janeiro de 2025, também traz expectativas de reajustes. O valor do mínimo poderá ultrapassar R$ 1.500, o que representará um aumento considerável para mais de seis milhões de pessoas. Isso pode resultar em um acréscimo de R$ 109 mensais, aliviando em parte a situação de vulnerabilidade social.

Valor do BPC
Valor do BPC em aumento segundo novas projeções

À medida que a discussão sobre o novo arcabouço fiscal avança, é fundamental que a sociedade civil e os governantes ponderem sobre as implicações sociais e econômicas dessas políticas. Portanto, debates e considerações sobre como garantir justiça na distribuição de renda devem ser prioridades.

Os cidadãos são convidados a compartilhar suas opiniões sobre este tema, refletindo sobre as possíveis soluções para evitar que a desigualdade continue a aumentar no Brasil. Quais alternativas poderiam ser mais eficazes para proteger os grupos mais vulneráveis? Deixe sua opinião nos comentários!

Referências

  • https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/11/limitar-ganho-do-salario-minimo-ao-arcabouco-aumenta-desigualdade-preve-estudo-da-usp.shtml
  • https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/salario-minimo-de-2025-sera-quantos-reais-maior-que-o-de-2024-confira
  • https://fdr.com.br/2024/11/23/valor-do-bpc-aumentara-em-breve-e-idosos-comemoram-reajuste-de-r-109/

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