Investigação da Polícia Federal aponta ações clandestinas de Sandro Nunes Vieira em apoio a ataques às urnas eletrônicas!
Relatório da PF aponta envolvimento do juiz federal Sandro Nunes Vieira em relatório contra urnas eletrônicas — Foto: Reprodução/TSE
Um relatório recente da Polícia Federal (PF) provocou reações ao citar o ex-juiz do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sandro Nunes Vieira, em uma trama supostamente golpista. De acordo com a PF, Vieira teria atuado de forma “ilegal e clandestina” ao assessorar o Partido Liberal (PL) na elaboração de um documento que questionava a legitimidade das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 2022.
O relatório, apresentado à mídia no dia 26 de novembro de 2024, detalha os procedimentos que envolvem supostas manobras para proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro após sua derrota. Durante o processo, Sandro Nunes Vieira, que atuou no TSE até agosto de 2022, foi nomeado no contexto de um inquérito que investiga a disseminação de uma narrativa de fraude nas eleições, conforme indicado por fontes da PF.
Os investigadores revelaram que, após a derrota de Bolsonaro no segundo turno, Vieira se envolveu em discussões clandestinas com membros do PL, contribuindo com informações e recomendações que alimentavam acusações infundadas contra o sistema eleitoral. A PF esclareceu que, mesmo reconhecendo que os resultados do primeiro turno não foram contestados — em que o PL conquistou uma grande bancada na Câmara dos Deputados —, a narrativa foi amplificada por Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
O ex-juiz se defendeu afirmando que nunca teve contato direto com Costa Neto, esclarecendo que sua participação foi distorcida. Ele emitiu uma nota, mencionando, “nunca tive contato pessoal com o Presidente do Partido Liberal”, reforçando sua posição de neutralidade em questões políticas durante sua carreira no judiciário.
A investigação também revelou que membros das Forças Armadas, como o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Jr., informaram Bolsonaro sobre a ausência de quaisquer falhas nas urnas, mas mesmo assim ele persistiu na narrativa de fraude, conforme relatado pela PF.
Outra figura interessante no cenário é Eder Balbino, um técnico que discordou das conclusões sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e manifestou seu medo de represálias, cogitando até mesmo deixar o país. Balbino afirmou em mensagem que “estou inseguro se devo permanecer no Brasil esses dias”, sinalizando a pressão e o clima de tensão gerado pelas investigações.
Esse episódio evidencia as complexas relações entre a política brasileira, o judiciário e as forças de segurança em um período tumultuado para o país. O impacto dessas investigações e o futuro legal dos envolvidos continuam a ser temas de intenso debate e análise.
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Referências
- https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2024/11/27/pf-aponta-envolvimento-de-ex-juiz-do-tse-em-relatorio-contra-urnas-eletronicas-usado-por-golpistas.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-e-valdemar-tiveram-acao-dolosa-ao-disseminarem-narrativa-de-fraude-nas-eleicoes-de-2022-diz-pf/
- https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2024/11/tecnico-que-discordou-de-conclusao-sobre-urnas-relatou-medo-e-pensou-em-deixar-o-pais.shtml