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Negociações que duraram 25 anos culminam em um pacto que promete transformar o comércio entre os blocos

Cúpula do Mercosul com líderes mundiais
Javier Milei, Luis Lacalle Pou, Ursula von der Leyen, Luiz Inacio Lula da Silva e Santiago Pena durante cúpula do Mercosul, no qual o acordo com a União Europeia foi fechado — Foto: Mariana Greif/Reuters

O tão aguardado acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia foi anunciado oficialmente no dia 6 de dezembro de 2024, durante uma cúpula realizada em Montevidéu, Uruguai. O anúncio marca o fim de 25 anos de negociações que culminaram em um pacto promissor para ambas as partes.

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o acordo representa uma “vitória para a Europa”. “Este é um acordo ganha-ganha, que trará benefícios significativos para consumidores e empresas, de ambos os lados. Estamos focados na justiça e no benefício mútuo”, afirmou von der Leyen, destacando a relevância de manter padrões elevados de saúde e segurança alimentar.

O principal objetivo do acordo é reduzir e, em alguns casos, eliminar as tarifas de importação e exportação entre os dois blocos. Este compromisso inclui uma série de tratados cobrindo temas relevantes, como cooperação política, meio ambiente, harmonização de normas sanitárias, e proteção de propriedade intelectual.

Líderes em reunião durante anúncio de acordo no Mercosul
Luis Lacalle Pou, Ursula von der Leyen e Luiz Inacio Lula da Silva durante cúpula em Montevidéu para anúncio de acordo do Mercosul com a União Europeia — Foto: Mariana Greif/Reuters

A assinatura do acordo ainda depende de que os textos sejam revisados legalmente e traduzidos para os idiomas oficiais dos países envolvidos. Após essa etapa, o texto deverá ser aprovado pelos legislativos dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu, o que pode apresentar desafios, especialmente por conta das preocupações expressas por alguns Estados membros da UE, como a França.

O impacto esperado do acordo promete trazer produtos europeus, como azeite, vinhos e automóveis, a preços mais acessíveis no Brasil, enquanto a agroindústria brasileira se prepara para um aumento da concorrência. Os especialistas afirmam que setores como o de laticínios e alimentos processados poderão sentir a pressão do livre comércio, dado o subsídio que muitos produtos europeus recebem.

Além disso, o Brasil é considerado o país que mais pode se beneficiar do acordo, com projeções que indicam um aumento significativo nas exportações e investimentos até 2040.

A cúpula em Montevidéu foi um marco histórico, e a expectativa agora recai sobre as etapas futuras de revisão e aprovação do acordo, que promete alterar as relações comerciais entre os dois blocos de forma substancial.

Referências

  • https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/12/06/acordo-uniao-europeia-mercosul.ghtml
  • https://noticias.uol.com.br/ao-vivo/2024/12/06/lula-discursa-na-cupula-de-chefes-de-estado-do-mercosul-no-uruguai.htm
  • https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/o-que-deve-ficar-mais-barato-com-o-acordo-entre-mercosul-ue/

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