Prisão de delegados e investigadores levanta preocupações sobre corrupção na corporação!
Dinheiro e armas apreendidos durante operação da PF e do MP-SP contra policiais corruptos ligados ao PCC — Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizaram uma operação nesta terça-feira, 17 de dezembro de 2024, que resultou na prisão de um delegado e três policiais civis suspeitos de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, chamada de “Tacitus”, busca combater a corrupção dentro da polícia, com foco em denúncias de extorsão e manipulação de investigações.
O policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, que faz parte da equipe de segurança do cantor Gusttavo Lima, é um dos foragidos mencionados na delação do empresário Vinícius Gritzbach, assassinado recentemente. De acordo com as investigações, Rogerinho é suspeito de estar associado a práticas criminosas e ostentar bens de origem ilícita, como um relógio valioso que pode ter sido adquirido através de negociações ilegais.
As autoridades conduziram buscas em vários endereços ligados aos suspeitos e apreenderam uma quantidade significativa de dinheiro e joias. As primeiras informações indicam que os envolvidos teriam movimentado mais de R$ 11 milhões em propinas ao longo de suas atividades. As penas para os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, corrente de ocultação de capitais podem chegar a 30 anos de reclusão.
“Os investigados estruturaram um esquema para exigir propina e lavar dinheiro, beneficiando a organização criminosa”, explicou um dos investigadores da operação. A ação mobilizou cerca de 130 policiais federais e foi respaldada pela Corregedoria da Polícia Civil, que está acompanhando as diligências.
Joias apreendidas na operação da PF e MP que prendeu policiais de São Paulo suspeitos de atuar para o PCC — Foto: Reprodução
Além de Felício, foram detidos o delegado Fábio Baena, acusado de extorsão, e os investigadores Eduardo Monteiro e outros policiais, todos têm suas condutas sob investigação. A prisão foi decretada após cruzamento de evidências que estabelecem a ligação dos envolvidos com crimes relacionados ao PCC, incluindo o assassinato de Gritzbach.
A situação levanta sérias questões sobre a integridade das forças de segurança e a necessidade de uma reforma profunda na estrutura policial do estado. O caso continua a ser monitorado de perto pelas autoridades, que prometem agir firmemente para erradicar a corrupção dentro das suas fileiras.
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Referências
- https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/12/17/seguranca-do-cantor-gusttavo-lima-operacao-da-pf-contra-policiais-ligados-ao-pcc-em-sp.ghtml
- https://bandnewstv.uol.com.br/2024/12/17/delegado-e-policiais-civis-sao-presos-em-operacao-da-pf-por-envolvimento-com-o-pcc/
- https://jovempan.com.br/noticias/brasil/operacao-da-pf-prende-prende-delegado-e-investigadores-denunciados-por-delator-do-pcc.html