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Entenda como as novas regras podem afetar as empresas do setor energético!

Portaria assinada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estabelece diferentes tipos de contratação
Portaria assinada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estabelece diferentes tipos de contratação — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil.

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou recentemente as diretrizes do “Leilão de Reserva de Capacidade”, que visa aumentar a segurança no fornecimento de energia no Brasil. O leilão, que será crucial para a adição de potenciais elétricos ao sistema, já gera discussões e possíveis ajustes para ampliar a participação de projetos e a contratação de energia mais barata.

De acordo com a portaria publicada pelo MME, as regras refletem uma estratégia que pode afetar significativamente o mercado de energia. O texto determina que apenas as térmicas novas poderão se habilitar para os anos de 2028 a 2030, excluindo as térmicas existentes. Fabio Rodrigues-Pozzebom, da Agência Brasil, destaca que “a meta é conferir maior equilíbrio à oferta e demanda de energia”.

Esse novo cenário provocou uma reação imediata no mercado de ações, especialmente para a Eneva (ENEV3), que registrou uma queda de mais de 9% no dia em que as diretrizes foram anunciadas. Ao mesmo tempo, as ações da empresa começaram a se recuperar, subindo 5,4% na manhã seguinte. Contudo, a incerteza persiste, pois analistas do BTG Pactual afirmam que o leilão pode favorecer a chamada “nova capacidade” em detrimento da já existente. “O Brasil precisa de mais energia em níveis de pico de demanda e não faz muito sentido favorecer a nova capacidade mais cara”, argumentam em análise sobre o impacto das regras.

Além disso, a exclusão dos ativos de Parnaíba 1 e 3, da Eneva, levanta preocupações sobre a sustentabilidade de suas operações futuras, já que as usinas encerram seus contratos ao final de 2027. Com as oscilações nas ações e as novas regras prejudicando a participação no leilão, o futuro econômico da empresa se torna incerto. “Com a forma como a portaria foi projetada, o sistema elétrico pode acabar contratando uma capacidade mais cara e arriscada”, complementa a análise.

Essa nova estrutura do leilão também poderá ter repercussões diretas nos preços da energia e nos investimentos realizados no setor energético. A movimentação de ações e a análise dos especialistas indicam uma potencial batalha entre as empresas estabelecidas e as novas, uma vez que todos visam maximizar suas capacidades de geração e atender à demanda brasileira por energia.

Em um panorama tão volátil, é importante que os investidores se mantenham atualizados sobre as possíveis mudanças e reações do mercado. A consulta pública que se inicia a partir dessas diretrizes pode ser um espaço para revisão das regras e, potencialmente, uma oportunidade para a Eneva contestar os termos da “portaria”.

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Referências

  • https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/01/03/leilao-de-energia-firme-tem-diretrizes-definidas-mas-ja-pode-sofrer-mudancas.ghtml
  • https://einvestidor.estadao.com.br/mercado/eneva-enev3-acoes-sobem-apos-tombo-investir-ativo/
  • https://braziljournal.com/eneva-controlada-pelo-btg-desaba-com-regra-que-exclui-parnaiba-de-leilao/

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