Dólar fecha em alta a R$ 6,06 enquanto Ibovespa avança para 122.350 pontos

Expectativa pela posse de Donald Trump impulsiona movimento no mercado financeiro

Dólar — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

No fechamento do pregão desta sexta-feira, 17 de janeiro de 2025, o dólar registrou um aumento de 0,20%, cotado a R$ 6,0655. Esse movimento ocorreu em meio às expectativas relacionadas à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que está agendada para a próxima semana.

Neste cenário, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, também apresentou um desempenho positivo, fechando com uma alta de 0,92%, alcançando 122.350 pontos. A alta do Ibovespa reflete um sentimento otimista dos investidores, especialmente após a divulgação de dados econômicos favoráveis na China.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou a atenção do mercado ao mencionar que “não compraria dólar acima de R$ 5,70”, indicando que a cotação atual está elevada considerando os fundamentos econômicos do Brasil.

Além disso, foram destacados avanços nas expectativas econômicas para o Brasil. O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2024, agora estimado em 3,7%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,0%.

Enquanto a expectativa por um dólar mais forte no contexto internacional cresce, as medidas que Trump deve anunciar na sua posse, como aumento de tarifas de importação e regulação, preocupam os investidores sobre possíveis impactos inflacionários nos Estados Unidos e, consequentemente, no mercado brasileiro.

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as políticas propostas por Trump devem ajudar a reduzir a inflação na maior economia do mundo. Os primeiros sinais das ações do novo governo são aguardados com expectativa pelos analistas financeiros.

Com a sanção do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária pelo presidente Lula, o mercado financeiro segue atento a como isso irá impactar o cenário econômico nos próximos meses. O projeto estabelece novas regras para impostos sobre o consumo, com implementação gradual até 2033.

Comentando sobre o movimento do mercado, Rachel de Sá, estrategista da XP, disse: “Os temas políticos vão se tornar cada vez mais relevantes, conforme temos os primeiros passos e movimentos do governo de Donald Trump”.

Ainda na pauta do dia, a taxa de câmbio e as possibilidades de investimento em ações continuam a ser debatidas entre investidores locais, que tentam se adaptar às mudanças e expectativas futuras.

Os leitores são convidados a deixar seus comentários e compartilhar suas opiniões sobre os impactos dessas movimentações no mercado financeiro brasileiro.