Presidente da FPF afirma que jogo é necessário para reduzir a violência; governadora toma providências
Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol — Foto: Rafael Vieira/Agif
O clima de tensão se intensificou nas ruas do Recife neste sábado, enquanto torcidas organizadas de Santa Cruz e Sport entraram em conflito antes do esperado clássico que ocorrerá às 16h30 no Estádio Arruda. Apesar das cenas de violência que dominaram a cidade, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, anunciou que o jogo será mantido. “Não faz sentido cancelar o jogo porque joga gasolina na fogueira. O jogo tem que acontecer para reduzir a violência”, comentou Carvalho em declaração ao portal ge.
As manifestações violentas começaram logo pela manhã, resultando em caos nas ruas da cidade. Vídeos e registros feitos por internautas mostraram cenas de espancamentos, correria, bombas sendo lançadas e depredações. O Hospital da Restauração confirmou que 12 pessoas, vítimas de agressões, foram atendidas por ferimentos até o meio da tarde. Até o fechamento desta matéria, não havia confirmações de mortes.
Em resposta à situação, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, pediu ao Governo do Estado e à FPF o cancelamento da partida, considerando a gravidade das cenas de violência. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, se manifestou nas redes sociais, informando que estava “tomando as devidas providências para punir vândalos responsáveis pela barbárie vista mais cedo no Recife”. Ela destacou que cerca de 700 policiais estavam mobilizados para garantir a segurança durante o evento esportivo.
Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), em visita à Folha de Pernambuco.
As torcidas de Santa Cruz e Sport, conhecidas por sua rivalidade acirrada, prometem mobilizar grande público para o clássico, um dos mais esperados pelos torcedores da região. No entanto, a FPF se mantém firme em sua decisão, afirmando que a realização do jogo é vital para trazer esperanças de uma normalidade ao cenário de insegurança.
Este desdobramento levanta um importante debate sobre a relação entre futebol e segurança pública, especialmente em um estado onde as torcidas organizadas costumam protagonizar cenas de violência. O desfecho desse clássico se revela não apenas um confronto esportivo, mas também um teste à capacidade das autoridades de lidarem com a situação.
Diante desse panorama, é fundamental que a sociedade civil se posicione e engaje em diálogos construtivos sobre como transformar o futebol em um evento de celebração e união, afastando práticas e comportamentos violentos que mancham a essência do esporte.
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Referências
- https://ge.globo.com/pe/futebol/campeonato-pernambucano/noticia/2025/02/01/presidente-da-fpf-diz-que-classico-entre-santa-cruz-e-sport-esta-mantido-nao-faz-sentido-cancelar.ghtml
- https://www.folhape.com.br/noticias/brigas-de-torcidas-raquel-lyra-diz-que-esta-tomando-as-devidas/388606/
- https://www.metropoles.com/esportes/organizadas-de-sport-e-santa-cruz-brigam-antes-de-classico-no-recife