Discussão sobre a usina nuclear ganha novos capítulos em meio a impasses políticos e financeiros!
Angra 3 — Foto: Eletronuclear
O futuro da usina nuclear de Angra 3 continua a ser tema de debates intensos entre membros do governo e especialistas do setor energético. Em reunião realizada no dia 18 de fevereiro de 2025, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alertou que, se as obras da usina não forem retomadas rapidamente, a Eletrobras e o governo poderão ter que desembolsar até R$ 14 bilhões.
Segundo Silveira, a falta de decisão pode comprometer não apenas a finalização da obra, mas também a operação das usinas já em funcionamento na região. “A não aprovação pelo CNPE resultará em aportes imediatos dos acionistas, incluindo a União,” afirmou o ministro, ressaltando a urgência da questão.
A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) não chegou a um consenso sobre a retomada das obras, que estão paralisadas desde a década de 1980 por questões financeiras e de corrupção. O próximo encontro da comissão ainda não tem data marcada, mas já ficou claro que a complexidade do projeto e os imensos gastos envolvidos são tópicos sensíveis a serem discutidos.
De acordo com estudos elaborados, concluir a usina exigirá aproximadamente R$ 20 bilhões em novos investimentos, após as desistências anteriores que cumularam com gastos em torno de R$ 12 bilhões até o momento. Além disso, uma decisão pelo abandono das obras acarretaria custos que ultrapassariam R$ 21 bilhões. “O custo de manutenção da obra paralisada de Angra 3 supera R$ 1 bilhão por ano,” destacou Raul Lycurgo Leite, presidente da Eletronuclear, enfatizando que a continuidade da construção é fundamental para garantir a segurança energética do Brasil.
Em meio a esses debates, o ministro Rui Costa, da Casa Civil, usou a visita do presidente de Portugal como um motivo para adiar mais uma vez a decisão sobre a viabilidade da usina. O impasse reflete divergências dentro do governo sobre o futuro do projeto, com alguns defendendo o abandono das obras devido aos altos custos e outros insistindo na necessidade de energia nuclear para garantir a continuidade do suprimento energético do país.
A situação atual da usina de Angra 3 representa um dilema significativo para os membros do governo, especialmente considerando que qualquer atraso na decisão pode não somente onerar mais os cofres públicos, mas também dificultar a exploração de uma fonte de energia considerada essencial para o futuro energético do Brasil.
Por fim, os próximos passos do CNPE e a continuidade da discussão sobre a obra de Angra 3 podem impactar tanto a economia nacional quanto a política energética do país. A expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nas próximas semanas.
Ao final, a comunidade está convidada a comentar e compartilhar suas opiniões sobre o futuro da energia nuclear no Brasil e o impacto das decisões governamentais no projeto Angra 3.
Referências
- https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/02/18/angra-3-se-nao-retomar-obra-eletrobras-e-governo-podem-ter-de-desembolsar-ate-r-14-bi-diz-silveira.ghtml
- https://veja.abril.com.br/coluna/radar/conselho-de-politica-energetica-adia-mais-uma-vez-decisao-sobre-angra-3/
- https://istoedinheiro.com.br/uturo-de-angra-3/