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Decisão judicial e novas propostas da prefeitura tentam minimizar o impacto da paralisação no transporte público

Câmara Municipal de Vereadores de São Luís
Câmara Municipal de Vereadores de São Luís — Foto: Câmara Municipal.

A greve geral dos rodoviários do transporte público de São Luís, iniciada na manhã do dia 17 de fevereiro, continua a causar transtornos na vida de aproximadamente 700 mil usuários. Diante da situação, a Justiça do Trabalho determinou, em caráter emergencial, que 80% da frota de ônibus deve circular durante a greve. Esta decisão foi anunciada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA) e inclui um reajuste provisório de 7% nos salários e 10% no ticket alimentação dos rodoviários.

No entanto, apesar da determinação judicial, o Sindicato dos Rodoviários informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre essa decisão. Em entrevista, representantes do sindicato mencionaram: “A entidade vai aguardar essa comunicação formal da Justiça.” A falta de acordo entre rodoviários e empresários do setor de transporte levou à realização de uma audiência de conciliação, que não resultou em um entendimento satisfatório para ambos os lados.

A situação se agrava, visto que a prefeitura de São Luís, sob a liderança do prefeito Eduardo Braide, começou a cadastrar usuários do transporte público para corridas por aplicativos, como uma alternativa durante a greve. Os usuários poderão receber vouchers que cobrem duas corridas por dia, no valor de até R$ 30 cada, utilizando o valor do subsídio que geralmente é repassado às empresas de transporte.

Rodoviários em Protesto
— Foto: Juliana Chaves/ Grupo Mirante.

Além disso, a Câmara Municipal aprovou um projeto de lei que permite que a prefeitura contrate empresas de transporte por aplicativo, a fim de minimizar os impactos da greve. O prefeito Braide destacou a necessidade de “garantir o direito de locomoção dos trabalhadores e consumidores em geral”, reforçando a urgência da medida em meio ao caos gerado pela paralisação.

Reivindicações dos rodoviários incluem não apenas reajustes salariais, mas também uma série de melhorias nas condições de trabalho, tais como adicionais para motoristas que acumulam funções. A paralisação já trouxe à tona discussões sobre a necessidade de uma nova licitação para as empresas que atuam no transporte público de São Luís, já que o contrato vigente, que deveria ter duração de 20 anos, está sendo descumprido em várias cláusulas.

A situação continua delicada e, enquanto as negociações não avançam, a população segue enfrentando longos períodos de espera nas paradas e recorre ao transporte alternativo. A Justiça do Trabalho mantém a exigência de que 80% da frota circule, e em caso de descumprimento, multas diárias de R$ 100 mil podem ser aplicadas ao sindicato responsável pela paralisação.

A cidade de São Luís vive um momento de incertezas quanto ao transporte público e à mobilidade de seus cidadãos. A expectativa agora é que as partes envolvidas cheguem a um acordo que traga paz e justiça para todos os envolvidos.

Referências

  • https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/02/20/justica-do-trabalho-determina-reajuste-aos-rodoviarios-e-circulacao-de-80percent-da-frota-de-onibus-em-sao-luis.ghtml
  • https://imirante.com/noticias/sao-luis/2025/02/19/eduardo-braide-anuncia-abertura-de-cadastro-para-transporte-por-aplicativo-pago-pela-prefeitura-de-sao-luis
  • https://www.cartacapital.com.br/politica/sao-luis-aprova-pagamento-de-uber-e-99-a-populacao-durante-greve-de-onibus/

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