Entenda como a figura do rapper Oruam se tornou central em debates sobre a música nacional!
Oruam tem o nome associado a um projeto de lei — Foto: Reprodução / Instagram do rapper.
Nos últimos meses, o nome do rapper Oruam tem ganhado destaque em discussões sobre a música e a legislação no Brasil. Projetos de lei que têm como objetivo proibir a contratação de artistas que fazem “apologia ao crime” foram batizados de “Lei anti-Oruam”. O cenário se intensificou especialmente após a ascensão do rapper nas paradas de sucesso, onde sua música “Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim” alcançou o topo do Spotify no Brasil.
A repercussão do “anti-Oruam” não é regional; mais de 80 cidades brasileiras já começaram a discutir propostas semelhantes. Essas iniciativas visam vetar o uso de recursos públicos para contratações de artistas cujo repertório faça referências a crimes ou ao uso de drogas. Um exemplo é o projeto apresentado na Câmara de Vereadores de Florianópolis, que discute cláusulas contratuais para prevenir essa apologia, com multas significativas em caso de descumprimento.
Em sua essência, a lei é uma tentativa de filtrar o que é considerado “adequado” para se ouvir, especialmente entre os jovens. Como destacou Jean Laurindo em sua matéria, “as propostas têm como inspiração um projeto de lei da vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo, que apresentou proposta para que shows com apologia ao crime e uso de drogas não possam ser contratados com recursos públicos”.
A figura de Oruam é polêmica. Nascido Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, ele é conhecido por sua ligação direta com o tráfico de drogas através de seu pai, que é um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho. No entanto, Oruam também é um fenômeno cultural que atrai um público jovem que se identifica com os temas festivos de suas músicas e expressões de ostentação.
Rapper Oruam é pivô de projetos de lei que miram veto a contratações de shows com apologia a crimes (Foto: Instagram, Reprodução).
Essa polarização fez com que Oruam se manifestasse nas redes sociais, aludindo que a “Lei anti-Oruam” não afeta apenas sua carreira, mas também de outros artistas do gênero. “Coincidentemente o universo fez um filho de traficante fazer sucesso. Eles encontraram a oportunidade perfeita para isso, virei pauta política”, comentou o rapper, criticando a separação entre sua arte e o que considera uma visitação de eyes no cenário musical.
A atual discussão sobre a “Lei anti-Oruam” reabre um debate importante sobre a liberdade de expressão artística no Brasil e as responsabilidades que vêm com a influência que a música pode exercer, especialmente sobre os jovens. O embate entre cultura e política promete continuar aquecido nos próximos meses.
Ao encerrar, o leitor é convidado a refletir: até que ponto a arte deve ser limitada por legislações? Quais são suas opiniões sobre a ‘Lei anti-Oruam’? Deixe seus comentários e compartilhe este artigo!
Referências
- https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2025/02/19/como-oruam-chegou-ao-topo-das-paradas-por-que-ficou-famoso-e-qual-o-perfil-dos-fas.ghtml
- https://www.nsctotal.com.br/noticias/lei-anti-oruam-projetos-contra-shows-com-apologia-ao-crime-viram-febre-em-sc-e-no-pais
- https://www.poder360.com.br/poder-justica/lei-anti-oruam-mira-em-eventos-com-apologia-ao-crime-e-manaus