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Uma análise da ascensão de uma candidata conservadora na capital paranaense.

Cristina Graeml (PMB), candidata bolsonarista marca reviravolta em Curitiba.
Fonte: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO

Nos últimos dias, a política curitibana ganhou novos contornos com a ascensão de Cristina Graeml (PMB) nas eleições para a prefeitura da capital paranaense. Com sua ágil movimentação nas redes sociais, a jornalista e agora candidata surpreendeu ao alcançar 31,1% dos votos no primeiro turno, posicionando-se em segundo lugar, logo atrás do atual prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), que obteve 33,5%.

De acordo com a análise de Felipe Nunes, diretor do Instituto Quaest, “a candidata teve uma força de chegada que poucos esperavam”. Ela surgiu como uma forte concorrente após começar a campanha em posições inferiores nas pesquisas e atraiu diversos eleitores ao se apresentar como uma “cristã, direita raiz”, trazida à tona pelo seu forte viés conservador. O crescimento de Graeml foi especialmente significativo nas semanas finais da campanha, destacando-se de outros candidatos.

A experiência de 20 anos de Cristina como repórter na RPC, afiliada à Globo, e seu trabalho na Jovem Pan ajudaram na construção de sua imagem pública. Com uma poupança significativa de apoio de figuras como Jair Bolsonaro e Pablo Marçal, Graeml utiliza um discurso conservador, que tem ressoado bem com uma parte do eleitorado curitibano.

Evolução dos candidatos que disputam o 2º turno à Prefeitura de Curitiba.
Fonte: RPC

Os dados apontam que, enquanto Cristina cresceu na reta final, Pimentel viu uma queda de 12 pontos em relação a pesquisas anteriores. A competição entre eles está mais acirrada do que nunca, com apenas 21 mil votos separando os dois candidatos. As projeções de abstenção também são um fator importante, com um alarmante índice de quase 28% de eleitores não comparecendo às urnas.

O segundo turno entre dois candidatos de direita acende debates sobre como eles capitalizarão os votos da esquerda, já que muitos eleitores do terceiro colocado, que representava uma alternativa mais esquerda, podem mudar suas preferências nas próximas semanas de campanha. Nunes ressalta que “a decisão de cada uma das lideranças poderá fazer muita diferença”.

Com este novo cenário, a expectativa é alta sobre como Cristina Graeml e Eduardo Pimentel irão disputar neste segundo turno, e o que isso significará para o futuro da política em Curitiba. Que estratégias serão empregadas? Como as alianças influenciarão os resultados? Enquanto isso, as redes sociais continuam a desempenhar um papel crucial na comunicação entre candidatos e eleitores.

Dois primeiros colocados no 1º turno tiveram diferença de cerca de 21 mil votos.
Fonte: RPC

Os cidadãos curitibanos estão diante de uma escolha importante, e a cidade se prepara para uma disputa política intensa. Qualquer opinião sobre esses eventos é bem-vinda, e os leitores são encorajados a comentar e compartilhar suas análises sobre essa corrida eleitoral que promete ser uma das mais emocionantes da história recente.

Referências

  • https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2024/10/07/quem-e-cristina-graeml.htm
  • https://g1.globo.com/pr/parana/eleicoes/2024/noticia/2024/10/08/candidatos-de-direita-disputarao-votos-da-esquerda-no-2o-turno-em-curitiba-afirma-diz-diretor-do-instituto-quaest.ghtml
  • https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx2lypjjr3xo

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