Entenda as razões por trás da remoção de um dos títulos mais polêmicos da plataforma!
Imagem: Divulgação/Zerat Games
O polêmico jogo No Mercy, que se tornou alvo de críticas intensas por seu conteúdo relacionado a violência sexual e fetiches perturbadores, foi removido da plataforma Steam nesta sexta-feira, 11 de abril de 2025. Criado pela desenvolvedora Zerat Games, o jogo foi banido não apenas na Austrália e no Reino Unido, mas também recebeu forte oposição de organizações que defendem os direitos das mulheres.
De acordo com a Zerat Games, a popular visual novel, descrita como uma novela visual de “amor e paixão”, levou as críticas a níveis extremos que culminaram na sua remoção. O jogo, que envolve situações de incesto e estupro, foi denunciado por seu slogan provocador, que desafia os jogadores a “não aceitarem um não como resposta”. Segundo a empresa, muitos críticos confundiram ficção com realidade, alegando que “infelizmente, muitas pessoas confundem ficção com realidade” sobre as críticas direcionadas ao jogo.
A situação tomou proporções maiores quando Peter Kyle, secretário de tecnologia do Reino Unido, exigiu que plataformas como a Steam se responsabilizassem por conteúdos do tipo. Ele afirmou que a Valve e outras plataformas deveriam ter políticas mais rigorosas quanto à liberação de jogos sexistas e violentos.
A desenvolvedora se defendeu em um comunicado, afirmando que muitas das críticas eram baseadas em interpretações errôneas das cenas do jogo: “Nossa intenção jamais foi promover a violência ou a discriminação”, destacou. Apesar de ter retirado No Mercy das vendas, a Zerat Games deixou claro que o jogo permanece acessível para quem já o havia adquirido anteriormente.
Organizações, como o Centro Nacional de Exploração Sexual dos Estados Unidos (NCOSE), reiteraram que o jogo normaliza a violência contra as mulheres e exigiram que a plataforma o banisse globalmente. O Movimento Democrático de Mulheres também anunciou que apresentará queixa ao Ministério Público, buscando responsabilizar os criadores pelo conteúdo nocivo do jogo.
Essa controvérsia em torno de No Mercy levanta questões importantes sobre as políticas de controle de conteúdo em plataformas de jogos e a responsabilidade dos desenvolvedores diante de produtos que possam perpetuar a cultura do estupro e a misoginia na sociedade. O caso continua a ser um debate acirrado sobre os limites da ficção e da ética na indústria de games.
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Referências
- https://www.adrenaline.com.br/games/no-mercy-e-removido-do-steam-apos-ser-banido-no-reino-unido-e-australia/
- https://dropsdejogos.uai.com.br/noticias/no-mercy-entao-jogos-de-estupro-nao-violam-as-regras-da-steam/
- https://www.dn.pt/sociedade/jogo-no-mercy-que-incentiva-ao-incesto-e-viol%C3%AAncia-sexual-foi-retirado-da-plataforma-steam
