As consequências da guerra comercial entre China e EUA afetam diretamente o setor de aviação!
Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da Boeing em Washington em imagem de 2019 — Foto: Lindsey Wasson/Arquivo/Reuters
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China se intensificou, gerando novas consequências para o mercado. Recentemente, a China ordenou que suas companhias aéreas suspendessem a entrega de jatos da Boeing como resposta ao aumento das tarifas de 145% impostas pelo governo Trump sobre produtos chineses. Essa decisão, que foi noticiada pela Bloomberg News, reflete a crescente tensão entre as duas potências econômicas.
Além de interromper as entregas, Pequim também solicitou que as transportadoras chinesas suspendessem a compra de peças e equipamentos de empresas americanas. Essa estratégia pode aumentar significativamente os custos de manutenção das aeronaves que operam no país. As ações da Boeing tinham caído cerca de 2% nos primeiros movimentos do pregão, intensificando os desafios da fabricante, que depende fortemente do mercado chinês.
As três principais companhias aéreas da China, incluindo Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines, planeavam receber um total de 179 jatos Boeing até 2027. Contudo, a nova proibição representa mais um obstáculo para a Boeing, que já enfrenta dificuldades para recuperar seu status de mercado após uma série de incidentes e uma greve trabalhista no ano anterior.
A retaliação chinesa não se limitou apenas às aviações. A recente escalada de tarifas levanta um risco significativo de paralisar o comércio entre as duas nações, um mercado que movimentou mais de US$ 650 bilhões em 2024, conforme analistas. Em resposta, o presidente Trump sugeriu a possibilidade de isentar alguns produtos, como automóveis, das taxas elevadas, mas não descartou a possibilidade de implementar novos impostos sobre eletrônicos e medicamentos.
Enquanto isso, o economista Raphael Figueredo, da XP, sugere que o Brasil pode se beneficiar da guerra comercial, destacando que as exportações de matérias-primas brasileiras podem ganhar espaço em meio às tensões entre os EUA e a China. A disparidade nas tarifas pode abrir oportunidades para o Brasil conquistar novos mercados.
O desenrolar da guerra tarifária entre China e Estados Unidos continua a ser pautado por reações rápidas e medidas reciprocas, onde nenhum dos lados parece querer um retrocesso significativo.
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Referências
- https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/04/15/china-proibe-entrega-de-jatos-da-boeing-em-reacao-ao-tarifaco-dos-eua.ghtml
- https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/lourival-santanna/internacional/analise-china-se-mostra-mais-preparada-do-que-trump-em-guerra-comercial/
- https://www.infomoney.com.br/mercados/em-meio-a-guerra-comercial-brasil-pode-ter-novo-mercado-para-encarar-diz-analista/