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Decisão do Tribunal de Justiça gera polêmica e debate sobre violência sexual!

Chegada do Thiago Brennand no aeroporto de Guarulhos após extradição dos Emirados Árabes.
Chegada do Thiago Brennand no aeroporto de Guarulhos, após extradição dos Emirados Árabes. Fonte: Folhapress.

A justiça paulista absolveu o empresário Thiago Brennand, de 44 anos, de uma condenação anterior à pena de oito anos de prisão por estupro. O julgamento, que ocorreu no Tribunal de Justiça de São Paulo, revisitou um caso datado de 2022, envolvendo uma acusação de uma massagista que relatou ter sido coagida a manter relações sexuais. No entanto, o relator do caso, desembargador Aguinaldo de Freitas Filho, afirmou que “não ficou comprovada a violência ou grave ameaça”, destacando que a vítima apresentou diferentes versões sobre os fatos.

O advogado de Brennand, Roberto Podval, expressou confiança na decisão do tribunal, afirmando que a absolvição “era o resultado justo”. Contudo, Brennand não será liberado, permanecendo em custódia devido a outras três condenações. Ao longo de sua controversa trajetória criminal, o empresário já havia sido condenado anteriormente por agressão a uma modelo em uma academia de São Paulo.

A defesa da massagista ainda não se manifestou sobre a vila. Especialistas em violência sexual comentaram que é comum que as vítimas lembrem os acontecimentos de maneira confusa e apresentem versões diversas, devido ao trauma emocional do episódio. A advogada Marina Ganzarolli, da ONG Me Too Brasil, ressaltou a necessidade de uma compreensão mais profunda sobre a neurobiologia do trauma ao julgar tais casos.

Thiago Brennand é levado para prisão temporária após audiência de custódia.
Thiago Brennand é levado para prisão temporária após audiência de custódia. Fonte: Brasil 247.

Essa decisão é a segunda absolvição de Brennand em três anos. No entanto, a absolvição gerou um forte debate na sociedade sobre como os casos de violência sexual são tratados no sistema judiciário. Organizadores de movimento contra a violência de gênero argumentam que as várias narrativas apresentadas pelas vítimas não devem ser usadas como fundamento para a inocência do réu, pois refletem a complexidade do trauma.

As condenações anteriores de Brennand incluem um episódio em que ele foi sentenciado a 10 anos e 6 meses de prisão por crimes sexuais contra uma mulher que conheceu em uma rede social. Toda essa situação lança luz sobre a necessária discussão acerca do tratamento judicial de crimes sexuais no Brasil.

Os leitores são convidados a compartilhar suas opiniões sobre esse caso nos comentários e a compartilhar este artigo para estimular o debate.

Referências

  • https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/10/thiago-brennand-e-absolvido-de-condenacao-a-8-anos-de-prisao-por-estupro.shtml
  • https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/justica-de-sp-absolve-thiago-brennand-em-caso-de-estupro

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