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O que esperar do primeiro encontro entre Lula e Putin após conflitos internacionais?

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Rússia, Vladimir Putin.
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Rússia, Vladmir Putin. Fonte: Ricardo Stuckert/Vladimir Smirnov/PR/AFP

Na próxima semana, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva embarcará para a Rússia, onde participará da 16ª Cúpula do Brics, que ocorrerá em Kazan entre os dias 22 e 24. Este evento marca o primeiro encontro oficial entre Lula e Vladimir Putin desde que o brasileiro assumiu seu terceiro mandato, assim como a primeira cúpula do Brics que contará com novos membros, incluindo Egito e Arábia Saudita.

De acordo com o Palácio do Planalto, Lula deverá participar de um jantar oferecido por Putin no primeiro dia da viagem. “Os dois já conversaram quatro vezes por telefone”, relatou o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores. A agenda da cúpula inclui discussões sobre importantes questões globais, como a crise do Oriente Médio e a operação política e financeira do bloco.

Entretanto, a situação é complicada pelo fato de Putin ter um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia. Em nota, o procurador-geral da Ucrânia, Andri Kostin, enfatizou que “é importante para a comunidade internacional permanecer unida e responsabilizar Putin”. Ele solicitou que o Brasil execute o mandado caso o presidente russo compareça ao G20, previsto para o mês que vem no Rio de Janeiro.

A questão da prisão de Putin, caso ele desembarque no Brasil, gera um grande debate sobre as implicações legais e diplomáticas. Embora o Brasil seja um signatário do Estatuto de Roma que criou o TPI, um cenário em que o presidente russo seria detido é considerado altamente improvável devido às possíveis repercussões geopolíticas. “Encerrar a sua liberdade em solo brasileiro é um cenário quase inimaginável”, afirmou um analista político.

Durante a cúpula do Brics, o Brasil assumirá a presidência do bloco em 1º de janeiro do próximo ano, o que pode aumentar sua relevância na diplomacia global. O encontro de Lula e Putin se torna, assim, um momento crucial para as relações entre os países e a política internacional.

Os leitores são incentivados a comentar e compartilhar suas opiniões sobre as repercussões dessa visita e do encontro entre os líderes das maiores economias do mundo.

Referências

  • https://veja.abril.com.br/coluna/radar/como-sera-a-viagem-de-lula-a-russia-e-o-primeiro-encontro-com-putin
  • https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/10/promotor-da-ucrania-pede-que-brasil-prenda-putin-caso-lider-venha-ao-g20-no-rio.shtml

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