Entenda por que a nova picape da BYD tem capacidade de carga limitada
BYD Shark veio para concorrer com modelos a diesel como Hilux, Ranger e S10 — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
A **BYD Shark**, recém-lançada no Brasil por R$ 379.800, tem gerado controvérsia entre entusiastas e consumidores, principalmente devido à sua **capacidade de carga limitadada** a apenas 790 kg. Para entender as razões por trás desse valor, é necessário considerar a legislação brasileira que impacta diretamente essa picape.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o peso bruto total (PBT) dos veículos é um fator crucial na definição da categoria de direção exigida. A BYD Shark possui uma massa em ordem de marcha de 2.710 kg, e, para não ultrapassar o PBT de 3,5 toneladas, a montadora limitou a sua capacidade de carga a 790 kg (2.710 + 790 = 3.500). Essa estratégia permite que motoristas com a **CNH categoria B** dirijam o veículo, aumentando sua atratividade no mercado.
“As montadoras conseguem, usualmente, passar por cima deste último ponto por meio da instalação de uma primeira marcha com relação extremamente curta – garantindo mais força ao arranque dos utilitários esportivos”, explica um especialista em engenharia automotiva. Este tipo de adaptação é comum entre veículos que buscam conformidade com as normas.
Outra questão que influencia a capacidade de carga da BYD Shark é a comparação com suas rivais. Veículos como a **Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger**, que operam com motores a diesel, têm capacidade de carga superior, em torno de uma tonelada. Isso ocorre em função de normas específicas que proíbem o uso de óleo diesel em veículos com capacidade inferior a 1.000 kg, o que também limita a possibilidade de expansão da carga em modelos híbridos como a Shark.
BYD Shark tem capacidade de carga inferior às rivais — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
Além das regulamentações, a **BYD Shark** se destaca por suas capacidades inovadoras, como seu motor de alta potência de 1.5L turbo a diesel, combinado com dois motores elétricos e uma bateria de 29.6 kWh. O resultado é uma impressionante performance de 437 cv e torque de 65 kgfm, considerando uma aceleração de 0-100 km/h em apenas 5,7 segundos, colocando a Shark como uma das picapes mais rápidas do país.
Entretanto, a possibilidade de **aumentar a capacidade de carga** da BYD Shark não está totalmente descartada. Um projeto de lei em tramitação, PL 2400/22, propõe elevar o PBT máximo permitido para caminhonetes de 3.500 para 3.700 kg. Se aprovado, isso pode representar uma mudança significativa para a picape.
Diante de tantos desafios e inovações, a expectativa é que a chegada da BYD Shark movimente ainda mais o mercado de picapes e a transição para veículos mais sustentáveis no Brasil. O que resta saber é se esses fatores serão suficientes para conquistar os consumidores e se a Shark conseguirá se destacar em um mercado tão competitivo.
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Referências
- https://autoesporte.globo.com/carros/curiosidades-sobre-carros/noticia/2024/10/byd-shark-como-lei-brasileira-limitou-capacidade-carga-picape.ghtml
- https://garagem360.com.br/byd-aposta-em-segmento-inedito-no-brasil-sera-que-vai-ser-sucesso/
